Ernesto K. Menslin
O inimigo das nossas almas criou uma polemica em torno da divindade, para confundir os cristãos, ele ataca a trindade. Para alguns, ensina que Jesus \é apenas uma criatura. Para outros, ele quer provar que o Espírito Santo não existe. A outros mais procura mostrar que o Espírito Santo se acha impregnado nas flores, nos animais, no homem, nas arvores, enfim; em tudo o que existe, contêm uma parcela presente do Espírito Santo.
Neste estudo vamo-nos ater somente sobre o Espírito Santo.
Segundo a bíblia, o Espírito Santo é a terceira pessoa da divindade. Deus é um titulo de um governo composto de três pessoas. Cada qual administra dentro do Seu campo de ação, que forma um tripé, unindo-os em um só governo. Sem Sombra de dúvidas, O Deus Jeová,
é Soberano.
Em Êxodo 6: 3 diz. Apareci a Abraão, a Isaque, E a Jacó como Deus poderoso; mas pelo meu nome, Jeová, não lhes foi conhecido. (Há algumas traduções em que lemos;) “O SENHOR”. No original aparece Jeová.
A Bíblia não revela muito a respeito da trindade. Deus não é obrigado á tornar conhecido o mistério da Sua existência ás suas criaturas. Sabemos que as três pessoas são eternas, mas quando, e como se tornaram três pessoas? ( individualizaram). Deus o mantém em eterno segredo. Se alguém aparecer com a chave do enigma, será mera especulação.
A bíblia nos diz que o Espírito Santo procede do Pai. Se Ele procede, também é divino. Em João 3:8 Jesus fala á Nicodemos; que o Espírito Santo é como o vento, que sopra onde quer. Sentimos a sua presença, mas não sabemos donde vem, nem para onde vai.
A atmosfera envolve todo o universo. Nós humanos subdividimos os ventos, tais como: Vento sul, vento norte, noroeste etc. Ele é formado de um único bloco que circunda o globo.
Assim é o Espírito Santo; que pode estar ao mesmo tempo em todos os lugares, sem se dividir ou multiplicar. Não é restrito ao espaço, nem ao tempo.
, Em João 4: 24. Jesus diz: Deus é espírito. Sabemos que ele não tem carne nem osso. E nós O devemos adorar em espírito e em verdade. O Espírito Santo não é o vento. Jesus apenas o comparou porque em alguns pontos se assemelham.
Para alguns; O Espírito Santo se manifesta com maior intensidade, mas não deixa de estar presente, também com os outros. Como pode? Não devemos nos preocupar com aquilo que está além da nossa compreensão.
O importante é conhecê-lo por Sua atuação para conosco.
A primeira aparição do Espírito Santo está em Gênesis 1: 2, Quando este planeta ainda se achava informe, o Espírito Santo pairava sobre a face das águas. Concluímos que fez parte da criação deste mundo.
A outra vez aparece em Gênesis 1: 26 diz, Façamos o homem a nossa imagem etc. Não menciona o nome, mas a frase está no plural, prova que havia mais de uma pessoa presente na criação. Em Gênesis 6: 3. Deus diz: Não contenderá o meu Espírito para sempre com o homem. Por intermédio Dele, os antediluvianos foram exortados e advertidos para deixarem os seus maus caminhos e se converterem ao Senhor. A voz foi de Noé, mas a mensagem foi do Espírito Santo.
No antigo testamento está repleto de passagens que indicam a presença do Espírito Santo. Em Salmos 51:11 Davi diz: Não retires de mim o Espírito Santo.
Depois do pecado, Ele cumulou mais um trabalho importante. De convencer os homens do pecado, I Pedro 1:12, última parte, diz: Agora vos foram anunciadas, por aqueles, que, ( pelo Espírito Santo enviado do céu,) vos pregaram o evangelho, cousas essas que anjos anelam perscrutar.
Em João 14: 17. Jesus disse; O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece. Mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós.
Após a Ascensão de Jesus ao céu, o Espírito Santo é o agente que intermedeia entre Jesus e o homem.
Rom. 8: 26-27 diz, Também o Espírito, semelhantemente nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convêm, mas, o mesmo Espírito intercede por nós, sobremaneira, com gemidos inexprimíveis. E aquele que sonda os corações sabe qual é a mente do Espírito, porque, segundo a vontade de Deus é que ele intercede pelos santos.
João 14: 16 diz. Eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro consolador, para que fique convosco para sempre.
Em João 14:26 diz: Mas, aquele consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.
Jesus se fará presente através do Espírito S.. Mat. 28:20. Eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.
Apoc. 3:20 diz; Eis que estou a porta e bato, se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo.
A obra do Espírito Santo é múltipla. A primeira função entre os homens, é convencê-los que são pecadores, depois que reconhecem a sua fraqueza, Ele torna dar esperança de salvação pelo sacrifício de Jesus. A obra do Espírito Santo não e percebida porque nunca atribui a Si algum mérito, só aponta á Jesus.
Também inspirou os profetas á escreverem a palavra de Deus. II Pedro 1: 21 diz: Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.
Na atuação do Espírito Santo com os homens aparecerão os frutos do Espírito naqueles que aceitam o evangelho. São: Gálatas 5: 22-23 diz, O fruto do Espírito é; caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.
Por outro lado Paulo também nos dá a conhecer as obras que ele chama da carne. Gal: 5: 19-21 diz; Porque as obras da carne: Prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes.
Como podemos separar o bom do ruim? Gal. 5: 16 diz, andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne. Como podemos andar em Espírito? A decisão é do pecador. Se ele permite, o Espírito permanece com ele. Não devemos fazer dele um amigo só de fim de semana. Ele deve fazer parte no nosso dia a dia.
A primeira obra que Ele faz, é uma faxina completa na personalidade do individuo. Transforma nosso caráter, nossos desejos carnais são transformados.
A conversão não é santificação. A conversão pode ser uma questão de segundos. A santificação é colocar em pratica a decisão que tomamos, mas esta pode demorar a vida inteira. Toda essa mudança em nossa vida não acontece sem a atuação do Espírito Santo.
Desde que decidimos mudar de vida ( converter) Nosso nome será escrito no livro dos céus, mesmo que ainda não sejamos perfeitos, já somos considerados santos e filhos perante Deus. O Espírito Santo continua trabalhando, contudo, Ele não força a natureza de ninguém, porque respeita o livre arbítrio de cada um. Mesmo ligado em Cristo, ainda há possibilidade de nós voltarmos ao pecado. (apostatar) Depende da firmeza com que abraçamos a verdade.
Teremos uma ajuda.
No dia que pensamos mudar a nossa vida para melhor receberemos o primeiro dom, que é a fé.
A fé não nos salva, mas por ela o Espírito nos conduz aos pés de Jesus. Heb, 11:6 diz, Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe, e que é galardoador dos que o buscam.
Jesus disse que o Espírito Santo nos fará lembrar das coisas que Ele havia ensinado. Portanto, é unicamente pela bíblia que recebemos todo o conhecimento de vida, e precisamos aceitar pela fé.
O Espírito não traz nada diferente daquilo que já se encontra escrito.
Hoje há muitos que se dizem iluminados, querem trazer algo estranho para causar impacto psicológico, com ensinamentos que não se enquadram nas escrituras. Cuidado com estes, porque não foram santificados pelo Espírito Santo, estão sendo levados por um outro espírito.
A única maneira de provar que somos guiados pelo Espírito Santo, é quando produzimos os frutos do Espírito.
No tempo do antigo testamento a igreja era conduzida por sacerdotes, que eram apontados por seus lideres. a escolha dos jovens só podiam ser da tribo de Levi. Na maioria das vezes, eles não possuíam o dom sacerdotal, porque não possuíam fé. Ingressavam no sacerdócio porque visavam as vantagens e as conveniências que favorecia a essa classe. E resultou em sacerdotes mercenários, que traziam opróbrio sobre a obra de Deus.
Jesus mudou o estilo de administração da recém igreja formada por Ele.. Chama á todos os que quiserem trabalhar na vinha de Deus, e são bem vindo. Não importa raça, cor, ou posição social, todos são convidados para serem mensageiros de Deus, só é preciso que se entreguem de corpo e alma nos braços de Jesus. Só assim o Espírito Santo pode fazer algo por eles, e com eles.
Ser um mensageiro de Deus é muito gratificante. Mas não devemos visar interesses financeiros ou pessoais.
Infelizmente há hoje muitos missionários que imitam os antigos sacerdotes judeus. Os seus interesses terreno falam mais alto.
Vemos igrejas de âmbito mundial, que arrebatam milhões de almas, prometem o reino de Deus, com vantagens aqui e agora. E deixam de ensinar muitas verdades que, aos ouvidos da grande maioria lhes são antipáticas. O mensageiro fiel precisa apresentar toda a verdade, quer, o povo goste ou não, mesmo que ela provoque preconceitos. O Espírito Santo só pode ajudar a quem sente o desejo de salvação. A palavra de Deus, só é doce como mel para quem se entrega inteiramente a Ele, para o meio convertido ela se torna amarga.
A base que Deus estabeleceu, tanto no antigo, como no novo testamento, é a obediência. Não uma obediência forçada, ou mecânica, mas, por amor. Esse amor é imbuído no coração por obra do Espírito Santo. Mas só os sinceros de coração são beneficiados por esse poder. Quando nos entregamos inteiramente nas mãos de Deus, e perguntamos como o apostolo Paulo no caminho á Damasco; Senhor! Que queres que eu faça?
O Espírito Santo nos inspira com os ensinamentos de Jesus. Não traz doutrinas novas. Em I João 2: 7 diz. Amados, não vos escrevo mandamento novo, senão o mandamento antigo, o qual, desde o principio tivestes. Esse mandamento antigo é a palavra que ouvistes.
Quando estamos dispostos a fazer o que Deus manda, o mesmo Espírito nos concede Dons, com os quais estamos aptos para a obra missionária, e nos tornamos atalaias para levar a verdade aos outros, assim como outros fizeram por nós.
Todos os dons já existiam no passado, somente eram pouco conhecidos, porque os antigos sacerdotes judaicos se justificavam pelas obras da lei. Como funcionava essa justiça? Muitos deles possuíam talento, ( que é capacidade humana), e atribuíam-nas ao poder de Deus. Consideravam que o trabalho profissional em prol da obra era suficiente para salvação. Não possuíam um relacionamento espiritual com Deus. Tudo que faziam era puramente carnal.
Quem recebe o dom de Deus?
Atos 5:32 diz, Ora, nós somos testemunha desses fatos, e bem assim o Espírito Santo, que Deus outorgou aos que lhe obedecem. O que é, Obedecer? O próprio Jesus em Mat.5: 18-20 diz, Porque em verdade vos digo ; até que o céu e a terra passem, nem um j ou um til jamais passará da lei, até que tudo se cumpra.
Aquele, pois, que violar um destes mandamentos, posto que dos menores, e assim ensinar aos homens, será considerado mínimo no reino dos céus; aquele, porém, que os observar e ensinar, esse será considerado grande no reino dos céus. Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus.
Qual era a função dos escribas? O dia todo, e todos os dias copiavam os manuscritos bíblicos. Hoje temos as modernas maquinas que imprimem milhares de livros em pouco tempo. Naquela época era copiado tudo a mão. E eles se vangloriavam por serem escribas. O contato com a palavra de Deus era diário, sem, contudo, produzir frutos de arrependimentos dos seus próprios pecados, por isso eles foram rejeitados por Deus.
Vamos analisar mais outra passagem que nos pode esclarecer mais sobre o assunto. Em Provérbios 28:9, diz, O que desvia os ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável.
A própria palavra diz que a oração de um pecador voluntário é abominação para Deus. Jesus confirma essas palavras. Em Mat. 7: 20 em diante, diz; Assim, pois, pelos seus frutos os conhecereis. Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.
Muitos naquele dia hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura não temos nós profetizado em teu nome? E em teu nome não expelimos demônios? E em teu nome não fizemos muitos milagres?
Então, lhes direi explicitamente; nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade.
É preciso atentar bem ás palavras de Jesus, porque Ele esclarece que, há milagres que não são de Deus. Porque são realizados por pecadores, aos quais Ele não atende. Certamente são realizados por outro espírito.
Mesmo que as pessoas que as realizam sejam sinceras, mas estão enganadas. Pensam que o milagre, por ser sobrenatural, é divino. Por isso devemos seguir estritamente a verdade. Pelos seus frutos os conhecereis. Nosso relacionamento diário com Deus nos ilumina a mente, e o Espírito Santo lança luz em nossa mente para discernir entre o certo e o errado.
Alguns se justificam com outras obras, as quais Ele não pediu, pensam que elas serão aceitas no lugar da obediência. Caim usou esse argumento, mas Deus não aceitou a sua oferta. Quando tiverem de enfrentar o tribunal divino, verão que, viveram uma vida de enganos.
Amado leitor; Até aqui, talvez, já me tornei um enfado, porque me aprofundei no dever do cristão para com Deus, e procurei dar Ênfase aos outros dons que são muito relevantes, com os quais o Espírito Santo atua. Sem fazer menção ao dom de línguas.
Por ser o mais discutido, deixei-o para depois. Agora veremos que este dom é apenas um detalhe.
Vejamos quais os dons que Deus outorgou a Sua igreja, e como funcionam.
Em I Cor, 12:1 diz, Acerca dos dons espirituais, não quero que sejais ignorantes. E, em Efe. 4:8 diz. Pelo que diz; Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, e deu dons aos homens. Verso 11. E Ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores.
Em I Cor. 12:28 Paulo põem em ordem de importância os dons. E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro doutores, depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas.
Para que servem os dons? Efe. 4: 12-15. Para o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo. Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente. Antes, seguindo a verdade em caridade, cresçamos em tudo Naquele que é a cabeça, Cristo.
Muitos dos dons que hoje aparecem nas igrejas, não edificam ninguém, e por ser algo diferente, milhões e milhões os abraçam, sem, contudo examinarem á luz da palavra de Deus, para ver se, são verdadeiros.
Vemos que os dons são todos ministeriais. Servem para manter ordem na igreja e para alimentar o rebanho com a palavra de Deus. Nenhum dom pode ser aplicado a algo para o qual não foi instituído.
Há membros que se vangloriam por terem vários dons, acumulado. O que Paulo nos diz a esse respeito? I Cor. 12:4 diz, Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. Continuamos nos versos de 7-10 diz, Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil. Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência; e a outro pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro pelo mesmo Espírito, os dons de curar; e a outro, operação de maravilhas; e a outro, a profecia; e a outro o dom de discernir os espíritos, e a outros a variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas. Ainda em I Cor. 12:11 diz, Mas, um só é o mesmo Espírito que opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como(Ele) quer. Vamos dar uma pausa e analisar esses versos.
Os dons foram concedidos aos membros para a edificação do corpo da igreja, eles foram distribuídos pelo Espírito Santo a cada um para o que for útil. Isto deixa claro que não é o membro que pode escolher o dom que quer, nem receber outros mais, porque será dado a cada um, um dom.
O cristão pode ter mais talentos, que são qualidades que aperfeiçoamos no nosso dia a dia. Talento; é qualidade humana. Dom é poder divino. Em I Cor. 12: 29-30 confirma essa tese. São todos, apóstolos? São todos, profetas? São todos, doutores? São todos operadores de milagres? Tem todos os dons de curar? Falam todos, diversas línguas? Interpretam todos? Depois Paulo diz; Procurai com zelo os melhores dons.
O dom é um revestimento de poder divino sobre os talentos naturais que fazem parte na nossa vida diária.
Eu, particularmente não sirvo para visitar os doentes que já se acham em fase terminal. Eu fico como que petrificado, não sei o que falar á eles. Porque eu sou assim? Os meus talentos não se adaptam á esse serviço. Porque Deus não me deu o dom de visitar os doentes? Deus diz: Tu tens outra obra a fazer.
Aqui vemos que o Espírito Santo reparte os dons e, se manifesta quando houver necessidade.
Os mais importantes, e contínuos são os de evangelizar. A palavra deve ser pregada em todo o mundo.
Os dons que trazem controvérsia
Em Joel 2: 28 em diante diz; E acontecerá que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões. Até sobre os servos derramarei o meu Espírito naqueles dias. Mostrarei prodígios no céu e na terra; sangue fogo, e colunas de fumaça. O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor.
Em Atos 2: 16-20 Pedro repete a mesma profecia. Ele considerou que já viviam no tempo do fim. E que esse derramamento do Espírito Santo já prenunciava a volta de Jesus.
Ali teve inicio a grande obra de evangelização. O objetivo da profecia era anunciar o poder de Deus em uma extensão mundial, sob a direção direta do Espírito Santo, que iria revestir com poder os fieis de todo o mundo, e levar a mensagem até os confins da terra.
Todos os dons foram concedidos para o crescimento espiritual. Portanto; administrativo.
Entre os dons citados por Paulo, há o ultimo que é o dom de línguas, que é legitimo e permanece até hoje.
Examinemos esse dom; I Cor.12: 10 diz; Variedades de línguas. Cada vez que é mencionado esse dom, o especifica, com; variedades de línguas.
A primeira vez que esse dom foi manifestado, foi no dia de Pentecostes. Atos 2: 4 diz, Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em “outras línguas”segundo o Espírito Santo lhes concedia que falassem. Não foram estranhas para ninguém. V. 7-8 diz, Estavam, pois, atônitos, e se admiravam, dizendo: Vede! Não são, porventura, galileus todos esses aí que estão falando? E como os ouvimos falar em nossa própria língua materna em que somos nascidos?
Depois enumera todas as nações que se faziam presentes. São dezesseis ao todo. Esse é o dom de línguas, que falavam diversos ao mesmo tempo, mas cada um falava para um grupo de pessoas, que era uma língua das nações.
A outra vez em que houve uma manifestação de línguas. Aconteceu em; Cesaréia, cidade grega. Eram Romanos que ali moravam. Atos capítulos 10 e 11. Pedro foi a casa de Cornélio. Atos 10: 44-46 diz. Ainda Pedro falava estas coisas, e caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra. E os fiéis que eram da circuncisão ( judeus) que vieram com Pedro, admiraram-se, porque sobre os gentios foi derramado o dom do Espírito Santo. Pois os ouviam falando em línguas e engrandecendo a Deus.
Portanto; os da circuncisão entendiam tudo o que os romanos diziam. etc.
Quando os lideres da igreja de Jerusalém ( judeus) souberam do acontecido, repreenderam a Pedro, por ter entrado em casa de gentios e comido com eles. Pedro se justificou. No verso 15, Pedro apresentou sua razão dizendo: Quando, porém, comecei a falar, caiu o Espírito Santo sobre eles, COMO TAMBÉM SOBRE NÓS NO PRINCIPIO.
Isto aconteceu aproximadamente 15 anos após o pentecostes. Pedro deixou claro que, durante todos esses anos não houve manifestação de línguas.
Foi só no principio; que foi no dia de pentecostes em que os discípulos receberam o dom de línguas.
O Espírito Santo se manifestou entre os gentios, para os judeus reconhecerem os cristãos de todas as nações como co-irmãos, porque também fazem parte da família de Deus.
É interessante notar que o Espírito Santo só foi derramado entre os estrangeiros. Não aconteceu nenhuma vez, entre os da igreja somente.
Este é o dom do Espírito Santo. Porque ele não foi usado mais vezes? Porque não havia necessidade.
Podemos enumerar muitas dezenas de vezes em que outros dons foram manifestos, mas não o de línguas.
A terceira vez que o Espírito Santo se manifestou encontramos em Atos 19 .Paulo encontrou um grupo de crentes que serviam a Deus, mas não tinham ainda o pleno conhecimento da verdade, faltava-lhes aprender sobre a salvação por Cristo Jesus. Depois que foram batizados caiu sobre eles o Espírito Santo. O verso seis diz: E, impondo-lhes, Paulo as mãos; veio sobre eles o Espírito Santo; e tanto falavam em línguas como profetizavam.
Mais uma vez prova que o verdadeiro dom de línguas só acontece quando Deus quer. Foram os gregos que falavam e também profetizavam, e não os judeus. todos os presentes os entenderam. Isso aconteceu entre os anos 54 a 57 D.C. Já haviam passado 24 anos desde o dia do pentecostes
Em Atos 2:4, repetimos; foi o Espírito Santo que distribuiu os dons de línguas, e os discípulos só falavam aquilo que lhes foi concedido. Não foi vontade humana.
Para esses, devia ter um interprete. Devia ter algum estrangeiro entre eles. Em I Cor 14:27-28. No caso de alguém falar em outra língua, que não sejam mais do que dois ou, quando muito três. E isto, sucessivamente, e haja quem interprete. Mas, não havendo interprete, ( estrangeiros) fique calado na igreja, falando consigo mesmo, e com Deus.
Se as igrejas pentecostais de hoje acatassem os conselhos de Paulo, e mantivessem ordem no culto, assim como Paulo ensinou. Permitindo que, apenas dois ou quando muito, três se manifestassem, e isso um após o outro, e não todos juntos de uma vez. Então o verdadeiro Espírito Santo iria se manifestar com poder. Paulo sabia que o verdadeiro espírito só se manifestaria com estrangeiros presentes
( Este estudo que estou fazendo é na bíblia traduzida por João Ferreira de Almeida. Edição revista e corrigida. Em outras edições pode haver algumas variantes.)
Paulo evangelizou Corinto em sua segunda viagem missionária, nos anos de 50 a 52. Ficou ali dezoito meses. Depois partiu para outros campos missionários. Em sua terceira viagem foi a Éfeso entre os anos 54-57. Foi quando recebeu noticias por alguns irmãos, que o deixou perplexo e estarrecido quando soube do que estava acontecendo em Corinto.
Corinto era uma cidade portuária, onde sempre havia viajantes estrangeiros, e muitas visitas vinham de todos os recantos, que queriam falar, e pregar em língua estrangeira. Muitos deles trouxeram problemas para a igreja, e ela se tornou uma igreja complicada, (para não dizer depravada).
A IGREJA VIVIA EM PLENA APOSTASIA
Paulo começou a repreender no capitulo um; de sua primeira carta aos Corintios, verso 10 diz, Rogo-vos, irmãos, pelo nome de Jesus Cristo, que faleis todos, a mesma coisa e que não haja entre vós divisões, antes sejais inteiramente unidos, na mesma disposição mental e no mesmo parecer. Era uma igreja que não conhecia união. Porque muitos não aceitaram as inovações que muitos trouxeram para dentro da igreja.
Depois de fazer várias exortações, chega no capitulo 3.
O tópico. O espírito mundano causa dissensões na igreja.
E eu, irmãos, não vos pude falar como á espirituais, mas como á carnais, como á meninos em Cristo. Com leite vos criei, e não com manjar, porque ainda não podíeis, nem tão pouco ainda agora podeis. Porque ainda sois carnais. Pois, havendo entre vós inveja, contendas e dissensões, não sois porventura carnais, e não andais segundo os homens?
A essa altura já funcionavam as línguas estranhas dentro da igreja. Ele disse que, até então, ele ainda não podia falar-lhes como a adultos. Porque eram carnais. E o dom de línguas, não era espiritual?
Capitulo 5 A impureza da igreja de Corinto; repreensões e exortações.
Geralmente se ouve que há entre vos fornicação, e fornicação tal, qual nem ainda há entre os gentios, como é haver quem abuse da mulher de seu próprio pai. Estais inchados e nem ao menos vos entristecestes por não ter sido dentre vós tirado quem cometeu tal ato.
Os Corintios toleravam baixarias de prostituições tais, que nem mesmo os gentios praticavam.
O verso 9. Já por carta vos escrevi que não vos associeis com os que se prostituem. O verso 11, Mas, agora vos escrevo que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idolatra, ou maldizente, ou beberão, ou ladrão; com o tal nem ainda comais. Todos esses males eram praticados dentro da igreja que se dizia possuir o dom do Espírito Santo.
Capitulo 6, Paulo censura o litígio entre os irmãos.
Ousa algum de vós, tendo algum negocio contra outro, ir a juízo perante os injustos, e não perante os santos?
Verso 5 diz, Para vos envergonhar o digo: Não há entre vós sábios, nem mesmo um, que possa julgar entre seus irmãos? Mas o irmão vai a juízo com o irmão, e isto perante infiéis.
Pela maneira que Paulo os censurou, podemos dizer sem medo de errar, que os atos de tal igreja, não mereciam crédito. Entre as muitas igrejas que Paulo edificou; Corinto foi a única que dele recebeu severas repreensões.
Também foi a única que apareceu com as línguas estranhas. Paulo não se achava presente quando isso aconteceu, nem sabemos quanto tempo durou essa confusão. Sabemos que o próprio Paulo ficou confuso quando soube do que estava se passando. Ele conhecia o verdadeiro dom de línguas. Por isso ele procurou pôr ordem na igreja.
Quando se referia ao dom de línguas; sempre o apresentou como; Variedade de línguas. Para as outras, dizia línguas estranhas.
Ele não proibiu as línguas estranhas, mas não as incentivou, porque não sabia se eram verdadeiras. Podia ser uma inovação espiritual que Deus trouxera para a Igreja, ou se era uma falsificação. Ele tinha certeza que Deus era um Deus de ordem, e jamais iria implantar uma doutrina, qual não fosse dentro dos parâmetros celeste.
Capitulo 14: 9, Paulo diz; Assim também vós, se não pronunciardes palavras bem inteligíveis, como se entenderá o que se diz? Porque estareis como que falando ao ar. 14: 23 diz, Se, pois, toda a igreja se congregar num lugar, e todos falarem línguas estranhas, e entrarem indoutos, ou infiéis, não dirão porventura que estais loucos?
14: 18-19 Paulo diz; Dou graças ao meu Deus, porque falo mais línguas do que vós todos. Todavia eu antes quero falar na igreja cinco palavras na minha própria inteligência, para que possa também instruir os outros, do que dez mil palavras em língua desconhecida.
Paulo sempre volta para as línguas inteligíveis, palavras que faladas por outras nações. Não uma língua estática que hoje são pronunciadas. Há muito tempo atrás eu visitava uma igreja, nela havia uma irmã Ucraína (Russa) ela falava bem o português, mas quando era convidada para liderar a oração, ela fazia em sua língua de origem. Todos os membros se queixavam dessa atitude, porque não entendiam o que ela dizia. Chegou o dia em que o ancião da igreja pediu que não orasse mais. A irmã se calou porque não havia interprete.
Era isso que Paulo procurou impor á igreja. Se houvesse algum interprete, um estrangeiro podia fazer uso da palavra. Mas não esta irmã, porque sabia falar o português.
Eu sou descendente de alemães, sei falar o alemão, se eu falasse dentro da igreja, ou em lugares de reuniões com a irmandade na minha língua de origem, Paulo diz que eu sou bárbaro para com os outros. Se nas congregações forem todos de uma mesma nação, certamente, o verdadeiro Espírito Santo não se manifestará. E se alguém falar, ou orar em vós alta, em língua estranha, certamente ele fará sem o consentimento divino.Tudo deve ser feito para a edificação da igreja.
Será conveniente que lessem e relessem sem preconceitos o capitulo 14, e verão que Paulo não proibiu nenhuma língua, mas, esclareceu bem que as línguas não são importantes na obra de Deus.
Hoje existe ainda o verdadeiro dom de língua? Sim; em todos os lugares onde Deus achar por bem, para o crescimento da igreja, certamente acontecerá.
Eu conheço vários casos, apenas relatarei um; Foi no Japão; Um enfermeiro foi recrutado para a guerra da Coréia, ali foi ferido, e mandaram-no para ser atendido no Japão. Depois de ser curado, passou alguns dias ainda em Tóquio. A religião predominante ali é budista. O jovem estrangeiro viu tanta gente boa e sem esperança. Resolveu pregar para essa gente; Pediu a um companheiro japonês que traduzisse as palavras do inglês para o japonês.
Foram até um largo bem espaçoso e começaram a pregar. No inicio todos olhavam para o interprete, depois voltaram os olhares para o pregador. Ele parou e perguntou ao amigo; Porque não traduzes? Ele respondeu: Você está falando em japonês, não é preciso repetir suas palavras. Houve muitas conversões.
Este é o verdadeiro dom de línguas. Acontecimentos como estes, Há muitos. Onde houver necessidade, ali o Espírito Santo se manifesta.
Paulo escreveu esta sua primeira carta depois da denuncia que recebeu sobre a igreja de Corinto, usou de exortações duras, para ver se melhorassem; Parece que não surtiu muito efeito.
Tempos depois enviou a segunda, na qual ele foi mais brando, procurou através de seus escritos leva-los mais perto a Deus. Mas não deixou de dar algumas alfinetadas.
No capitulo 11 de II Cor. Ele aborda sobre os falsos apóstolos. Dizendo: Oxalá, me suportásseis um pouco na minha loucura! Suportai-me, ainda.
Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber. a Cristo. Mas temo que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo. Porque, se alguém for pregar-vos um outro Jesus que nós não temos pregado, Ou se recebeis “um outro espírito”, que não recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes com razão o sofrereis. Infelizmente muitos cristãos sinceros participam desse poder pensando que recebem o Espírito Santo. Poderíamos acrescentar muitas outras passagens, mas creio que é o suficiente para ver que as línguas estranhas é um engodo do inimigo e que Deus não tem participação nenhuma com este movimento.
Peço aos pentecostais que me perdoem por ser tão drástico em relação ás línguas estranhas. Dentro da bíblia não encontrei outra verdade a esse respeito, e eu preciso ser sincero comigo mesmo e com Deus. Eu amo os pentecostais e espero que todos possam descobrir a verdade o quanto antes. Eu também pertencia a igreja pentecostal, e levei seis anos até me decidir sobre essa grande verdade.
Que Deus abençoe a todos
Amem
O inimigo das nossas almas criou uma polemica em torno da divindade, para confundir os cristãos, ele ataca a trindade. Para alguns, ensina que Jesus \é apenas uma criatura. Para outros, ele quer provar que o Espírito Santo não existe. A outros mais procura mostrar que o Espírito Santo se acha impregnado nas flores, nos animais, no homem, nas arvores, enfim; em tudo o que existe, contêm uma parcela presente do Espírito Santo.
Neste estudo vamo-nos ater somente sobre o Espírito Santo.
Segundo a bíblia, o Espírito Santo é a terceira pessoa da divindade. Deus é um titulo de um governo composto de três pessoas. Cada qual administra dentro do Seu campo de ação, que forma um tripé, unindo-os em um só governo. Sem Sombra de dúvidas, O Deus Jeová,
é Soberano.
Em Êxodo 6: 3 diz. Apareci a Abraão, a Isaque, E a Jacó como Deus poderoso; mas pelo meu nome, Jeová, não lhes foi conhecido. (Há algumas traduções em que lemos;) “O SENHOR”. No original aparece Jeová.
A Bíblia não revela muito a respeito da trindade. Deus não é obrigado á tornar conhecido o mistério da Sua existência ás suas criaturas. Sabemos que as três pessoas são eternas, mas quando, e como se tornaram três pessoas? ( individualizaram). Deus o mantém em eterno segredo. Se alguém aparecer com a chave do enigma, será mera especulação.
A bíblia nos diz que o Espírito Santo procede do Pai. Se Ele procede, também é divino. Em João 3:8 Jesus fala á Nicodemos; que o Espírito Santo é como o vento, que sopra onde quer. Sentimos a sua presença, mas não sabemos donde vem, nem para onde vai.
A atmosfera envolve todo o universo. Nós humanos subdividimos os ventos, tais como: Vento sul, vento norte, noroeste etc. Ele é formado de um único bloco que circunda o globo.
Assim é o Espírito Santo; que pode estar ao mesmo tempo em todos os lugares, sem se dividir ou multiplicar. Não é restrito ao espaço, nem ao tempo.
, Em João 4: 24. Jesus diz: Deus é espírito. Sabemos que ele não tem carne nem osso. E nós O devemos adorar em espírito e em verdade. O Espírito Santo não é o vento. Jesus apenas o comparou porque em alguns pontos se assemelham.
Para alguns; O Espírito Santo se manifesta com maior intensidade, mas não deixa de estar presente, também com os outros. Como pode? Não devemos nos preocupar com aquilo que está além da nossa compreensão.
O importante é conhecê-lo por Sua atuação para conosco.
A primeira aparição do Espírito Santo está em Gênesis 1: 2, Quando este planeta ainda se achava informe, o Espírito Santo pairava sobre a face das águas. Concluímos que fez parte da criação deste mundo.
A outra vez aparece em Gênesis 1: 26 diz, Façamos o homem a nossa imagem etc. Não menciona o nome, mas a frase está no plural, prova que havia mais de uma pessoa presente na criação. Em Gênesis 6: 3. Deus diz: Não contenderá o meu Espírito para sempre com o homem. Por intermédio Dele, os antediluvianos foram exortados e advertidos para deixarem os seus maus caminhos e se converterem ao Senhor. A voz foi de Noé, mas a mensagem foi do Espírito Santo.
No antigo testamento está repleto de passagens que indicam a presença do Espírito Santo. Em Salmos 51:11 Davi diz: Não retires de mim o Espírito Santo.
Depois do pecado, Ele cumulou mais um trabalho importante. De convencer os homens do pecado, I Pedro 1:12, última parte, diz: Agora vos foram anunciadas, por aqueles, que, ( pelo Espírito Santo enviado do céu,) vos pregaram o evangelho, cousas essas que anjos anelam perscrutar.
Em João 14: 17. Jesus disse; O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece. Mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós.
Após a Ascensão de Jesus ao céu, o Espírito Santo é o agente que intermedeia entre Jesus e o homem.
Rom. 8: 26-27 diz, Também o Espírito, semelhantemente nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convêm, mas, o mesmo Espírito intercede por nós, sobremaneira, com gemidos inexprimíveis. E aquele que sonda os corações sabe qual é a mente do Espírito, porque, segundo a vontade de Deus é que ele intercede pelos santos.
João 14: 16 diz. Eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro consolador, para que fique convosco para sempre.
Em João 14:26 diz: Mas, aquele consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.
Jesus se fará presente através do Espírito S.. Mat. 28:20. Eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.
Apoc. 3:20 diz; Eis que estou a porta e bato, se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo.
A obra do Espírito Santo é múltipla. A primeira função entre os homens, é convencê-los que são pecadores, depois que reconhecem a sua fraqueza, Ele torna dar esperança de salvação pelo sacrifício de Jesus. A obra do Espírito Santo não e percebida porque nunca atribui a Si algum mérito, só aponta á Jesus.
Também inspirou os profetas á escreverem a palavra de Deus. II Pedro 1: 21 diz: Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.
Na atuação do Espírito Santo com os homens aparecerão os frutos do Espírito naqueles que aceitam o evangelho. São: Gálatas 5: 22-23 diz, O fruto do Espírito é; caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.
Por outro lado Paulo também nos dá a conhecer as obras que ele chama da carne. Gal: 5: 19-21 diz; Porque as obras da carne: Prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes.
Como podemos separar o bom do ruim? Gal. 5: 16 diz, andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne. Como podemos andar em Espírito? A decisão é do pecador. Se ele permite, o Espírito permanece com ele. Não devemos fazer dele um amigo só de fim de semana. Ele deve fazer parte no nosso dia a dia.
A primeira obra que Ele faz, é uma faxina completa na personalidade do individuo. Transforma nosso caráter, nossos desejos carnais são transformados.
A conversão não é santificação. A conversão pode ser uma questão de segundos. A santificação é colocar em pratica a decisão que tomamos, mas esta pode demorar a vida inteira. Toda essa mudança em nossa vida não acontece sem a atuação do Espírito Santo.
Desde que decidimos mudar de vida ( converter) Nosso nome será escrito no livro dos céus, mesmo que ainda não sejamos perfeitos, já somos considerados santos e filhos perante Deus. O Espírito Santo continua trabalhando, contudo, Ele não força a natureza de ninguém, porque respeita o livre arbítrio de cada um. Mesmo ligado em Cristo, ainda há possibilidade de nós voltarmos ao pecado. (apostatar) Depende da firmeza com que abraçamos a verdade.
Teremos uma ajuda.
No dia que pensamos mudar a nossa vida para melhor receberemos o primeiro dom, que é a fé.
A fé não nos salva, mas por ela o Espírito nos conduz aos pés de Jesus. Heb, 11:6 diz, Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe, e que é galardoador dos que o buscam.
Jesus disse que o Espírito Santo nos fará lembrar das coisas que Ele havia ensinado. Portanto, é unicamente pela bíblia que recebemos todo o conhecimento de vida, e precisamos aceitar pela fé.
O Espírito não traz nada diferente daquilo que já se encontra escrito.
Hoje há muitos que se dizem iluminados, querem trazer algo estranho para causar impacto psicológico, com ensinamentos que não se enquadram nas escrituras. Cuidado com estes, porque não foram santificados pelo Espírito Santo, estão sendo levados por um outro espírito.
A única maneira de provar que somos guiados pelo Espírito Santo, é quando produzimos os frutos do Espírito.
No tempo do antigo testamento a igreja era conduzida por sacerdotes, que eram apontados por seus lideres. a escolha dos jovens só podiam ser da tribo de Levi. Na maioria das vezes, eles não possuíam o dom sacerdotal, porque não possuíam fé. Ingressavam no sacerdócio porque visavam as vantagens e as conveniências que favorecia a essa classe. E resultou em sacerdotes mercenários, que traziam opróbrio sobre a obra de Deus.
Jesus mudou o estilo de administração da recém igreja formada por Ele.. Chama á todos os que quiserem trabalhar na vinha de Deus, e são bem vindo. Não importa raça, cor, ou posição social, todos são convidados para serem mensageiros de Deus, só é preciso que se entreguem de corpo e alma nos braços de Jesus. Só assim o Espírito Santo pode fazer algo por eles, e com eles.
Ser um mensageiro de Deus é muito gratificante. Mas não devemos visar interesses financeiros ou pessoais.
Infelizmente há hoje muitos missionários que imitam os antigos sacerdotes judeus. Os seus interesses terreno falam mais alto.
Vemos igrejas de âmbito mundial, que arrebatam milhões de almas, prometem o reino de Deus, com vantagens aqui e agora. E deixam de ensinar muitas verdades que, aos ouvidos da grande maioria lhes são antipáticas. O mensageiro fiel precisa apresentar toda a verdade, quer, o povo goste ou não, mesmo que ela provoque preconceitos. O Espírito Santo só pode ajudar a quem sente o desejo de salvação. A palavra de Deus, só é doce como mel para quem se entrega inteiramente a Ele, para o meio convertido ela se torna amarga.
A base que Deus estabeleceu, tanto no antigo, como no novo testamento, é a obediência. Não uma obediência forçada, ou mecânica, mas, por amor. Esse amor é imbuído no coração por obra do Espírito Santo. Mas só os sinceros de coração são beneficiados por esse poder. Quando nos entregamos inteiramente nas mãos de Deus, e perguntamos como o apostolo Paulo no caminho á Damasco; Senhor! Que queres que eu faça?
O Espírito Santo nos inspira com os ensinamentos de Jesus. Não traz doutrinas novas. Em I João 2: 7 diz. Amados, não vos escrevo mandamento novo, senão o mandamento antigo, o qual, desde o principio tivestes. Esse mandamento antigo é a palavra que ouvistes.
Quando estamos dispostos a fazer o que Deus manda, o mesmo Espírito nos concede Dons, com os quais estamos aptos para a obra missionária, e nos tornamos atalaias para levar a verdade aos outros, assim como outros fizeram por nós.
Todos os dons já existiam no passado, somente eram pouco conhecidos, porque os antigos sacerdotes judaicos se justificavam pelas obras da lei. Como funcionava essa justiça? Muitos deles possuíam talento, ( que é capacidade humana), e atribuíam-nas ao poder de Deus. Consideravam que o trabalho profissional em prol da obra era suficiente para salvação. Não possuíam um relacionamento espiritual com Deus. Tudo que faziam era puramente carnal.
Quem recebe o dom de Deus?
Atos 5:32 diz, Ora, nós somos testemunha desses fatos, e bem assim o Espírito Santo, que Deus outorgou aos que lhe obedecem. O que é, Obedecer? O próprio Jesus em Mat.5: 18-20 diz, Porque em verdade vos digo ; até que o céu e a terra passem, nem um j ou um til jamais passará da lei, até que tudo se cumpra.
Aquele, pois, que violar um destes mandamentos, posto que dos menores, e assim ensinar aos homens, será considerado mínimo no reino dos céus; aquele, porém, que os observar e ensinar, esse será considerado grande no reino dos céus. Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus.
Qual era a função dos escribas? O dia todo, e todos os dias copiavam os manuscritos bíblicos. Hoje temos as modernas maquinas que imprimem milhares de livros em pouco tempo. Naquela época era copiado tudo a mão. E eles se vangloriavam por serem escribas. O contato com a palavra de Deus era diário, sem, contudo, produzir frutos de arrependimentos dos seus próprios pecados, por isso eles foram rejeitados por Deus.
Vamos analisar mais outra passagem que nos pode esclarecer mais sobre o assunto. Em Provérbios 28:9, diz, O que desvia os ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável.
A própria palavra diz que a oração de um pecador voluntário é abominação para Deus. Jesus confirma essas palavras. Em Mat. 7: 20 em diante, diz; Assim, pois, pelos seus frutos os conhecereis. Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.
Muitos naquele dia hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura não temos nós profetizado em teu nome? E em teu nome não expelimos demônios? E em teu nome não fizemos muitos milagres?
Então, lhes direi explicitamente; nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade.
É preciso atentar bem ás palavras de Jesus, porque Ele esclarece que, há milagres que não são de Deus. Porque são realizados por pecadores, aos quais Ele não atende. Certamente são realizados por outro espírito.
Mesmo que as pessoas que as realizam sejam sinceras, mas estão enganadas. Pensam que o milagre, por ser sobrenatural, é divino. Por isso devemos seguir estritamente a verdade. Pelos seus frutos os conhecereis. Nosso relacionamento diário com Deus nos ilumina a mente, e o Espírito Santo lança luz em nossa mente para discernir entre o certo e o errado.
Alguns se justificam com outras obras, as quais Ele não pediu, pensam que elas serão aceitas no lugar da obediência. Caim usou esse argumento, mas Deus não aceitou a sua oferta. Quando tiverem de enfrentar o tribunal divino, verão que, viveram uma vida de enganos.
Amado leitor; Até aqui, talvez, já me tornei um enfado, porque me aprofundei no dever do cristão para com Deus, e procurei dar Ênfase aos outros dons que são muito relevantes, com os quais o Espírito Santo atua. Sem fazer menção ao dom de línguas.
Por ser o mais discutido, deixei-o para depois. Agora veremos que este dom é apenas um detalhe.
Vejamos quais os dons que Deus outorgou a Sua igreja, e como funcionam.
Em I Cor, 12:1 diz, Acerca dos dons espirituais, não quero que sejais ignorantes. E, em Efe. 4:8 diz. Pelo que diz; Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, e deu dons aos homens. Verso 11. E Ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores.
Em I Cor. 12:28 Paulo põem em ordem de importância os dons. E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro doutores, depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas.
Para que servem os dons? Efe. 4: 12-15. Para o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo. Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente. Antes, seguindo a verdade em caridade, cresçamos em tudo Naquele que é a cabeça, Cristo.
Muitos dos dons que hoje aparecem nas igrejas, não edificam ninguém, e por ser algo diferente, milhões e milhões os abraçam, sem, contudo examinarem á luz da palavra de Deus, para ver se, são verdadeiros.
Vemos que os dons são todos ministeriais. Servem para manter ordem na igreja e para alimentar o rebanho com a palavra de Deus. Nenhum dom pode ser aplicado a algo para o qual não foi instituído.
Há membros que se vangloriam por terem vários dons, acumulado. O que Paulo nos diz a esse respeito? I Cor. 12:4 diz, Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. Continuamos nos versos de 7-10 diz, Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil. Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência; e a outro pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro pelo mesmo Espírito, os dons de curar; e a outro, operação de maravilhas; e a outro, a profecia; e a outro o dom de discernir os espíritos, e a outros a variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas. Ainda em I Cor. 12:11 diz, Mas, um só é o mesmo Espírito que opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como(Ele) quer. Vamos dar uma pausa e analisar esses versos.
Os dons foram concedidos aos membros para a edificação do corpo da igreja, eles foram distribuídos pelo Espírito Santo a cada um para o que for útil. Isto deixa claro que não é o membro que pode escolher o dom que quer, nem receber outros mais, porque será dado a cada um, um dom.
O cristão pode ter mais talentos, que são qualidades que aperfeiçoamos no nosso dia a dia. Talento; é qualidade humana. Dom é poder divino. Em I Cor. 12: 29-30 confirma essa tese. São todos, apóstolos? São todos, profetas? São todos, doutores? São todos operadores de milagres? Tem todos os dons de curar? Falam todos, diversas línguas? Interpretam todos? Depois Paulo diz; Procurai com zelo os melhores dons.
O dom é um revestimento de poder divino sobre os talentos naturais que fazem parte na nossa vida diária.
Eu, particularmente não sirvo para visitar os doentes que já se acham em fase terminal. Eu fico como que petrificado, não sei o que falar á eles. Porque eu sou assim? Os meus talentos não se adaptam á esse serviço. Porque Deus não me deu o dom de visitar os doentes? Deus diz: Tu tens outra obra a fazer.
Aqui vemos que o Espírito Santo reparte os dons e, se manifesta quando houver necessidade.
Os mais importantes, e contínuos são os de evangelizar. A palavra deve ser pregada em todo o mundo.
Os dons que trazem controvérsia
Em Joel 2: 28 em diante diz; E acontecerá que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões. Até sobre os servos derramarei o meu Espírito naqueles dias. Mostrarei prodígios no céu e na terra; sangue fogo, e colunas de fumaça. O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor.
Em Atos 2: 16-20 Pedro repete a mesma profecia. Ele considerou que já viviam no tempo do fim. E que esse derramamento do Espírito Santo já prenunciava a volta de Jesus.
Ali teve inicio a grande obra de evangelização. O objetivo da profecia era anunciar o poder de Deus em uma extensão mundial, sob a direção direta do Espírito Santo, que iria revestir com poder os fieis de todo o mundo, e levar a mensagem até os confins da terra.
Todos os dons foram concedidos para o crescimento espiritual. Portanto; administrativo.
Entre os dons citados por Paulo, há o ultimo que é o dom de línguas, que é legitimo e permanece até hoje.
Examinemos esse dom; I Cor.12: 10 diz; Variedades de línguas. Cada vez que é mencionado esse dom, o especifica, com; variedades de línguas.
A primeira vez que esse dom foi manifestado, foi no dia de Pentecostes. Atos 2: 4 diz, Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em “outras línguas”segundo o Espírito Santo lhes concedia que falassem. Não foram estranhas para ninguém. V. 7-8 diz, Estavam, pois, atônitos, e se admiravam, dizendo: Vede! Não são, porventura, galileus todos esses aí que estão falando? E como os ouvimos falar em nossa própria língua materna em que somos nascidos?
Depois enumera todas as nações que se faziam presentes. São dezesseis ao todo. Esse é o dom de línguas, que falavam diversos ao mesmo tempo, mas cada um falava para um grupo de pessoas, que era uma língua das nações.
A outra vez em que houve uma manifestação de línguas. Aconteceu em; Cesaréia, cidade grega. Eram Romanos que ali moravam. Atos capítulos 10 e 11. Pedro foi a casa de Cornélio. Atos 10: 44-46 diz. Ainda Pedro falava estas coisas, e caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra. E os fiéis que eram da circuncisão ( judeus) que vieram com Pedro, admiraram-se, porque sobre os gentios foi derramado o dom do Espírito Santo. Pois os ouviam falando em línguas e engrandecendo a Deus.
Portanto; os da circuncisão entendiam tudo o que os romanos diziam. etc.
Quando os lideres da igreja de Jerusalém ( judeus) souberam do acontecido, repreenderam a Pedro, por ter entrado em casa de gentios e comido com eles. Pedro se justificou. No verso 15, Pedro apresentou sua razão dizendo: Quando, porém, comecei a falar, caiu o Espírito Santo sobre eles, COMO TAMBÉM SOBRE NÓS NO PRINCIPIO.
Isto aconteceu aproximadamente 15 anos após o pentecostes. Pedro deixou claro que, durante todos esses anos não houve manifestação de línguas.
Foi só no principio; que foi no dia de pentecostes em que os discípulos receberam o dom de línguas.
O Espírito Santo se manifestou entre os gentios, para os judeus reconhecerem os cristãos de todas as nações como co-irmãos, porque também fazem parte da família de Deus.
É interessante notar que o Espírito Santo só foi derramado entre os estrangeiros. Não aconteceu nenhuma vez, entre os da igreja somente.
Este é o dom do Espírito Santo. Porque ele não foi usado mais vezes? Porque não havia necessidade.
Podemos enumerar muitas dezenas de vezes em que outros dons foram manifestos, mas não o de línguas.
A terceira vez que o Espírito Santo se manifestou encontramos em Atos 19 .Paulo encontrou um grupo de crentes que serviam a Deus, mas não tinham ainda o pleno conhecimento da verdade, faltava-lhes aprender sobre a salvação por Cristo Jesus. Depois que foram batizados caiu sobre eles o Espírito Santo. O verso seis diz: E, impondo-lhes, Paulo as mãos; veio sobre eles o Espírito Santo; e tanto falavam em línguas como profetizavam.
Mais uma vez prova que o verdadeiro dom de línguas só acontece quando Deus quer. Foram os gregos que falavam e também profetizavam, e não os judeus. todos os presentes os entenderam. Isso aconteceu entre os anos 54 a 57 D.C. Já haviam passado 24 anos desde o dia do pentecostes
Em Atos 2:4, repetimos; foi o Espírito Santo que distribuiu os dons de línguas, e os discípulos só falavam aquilo que lhes foi concedido. Não foi vontade humana.
Para esses, devia ter um interprete. Devia ter algum estrangeiro entre eles. Em I Cor 14:27-28. No caso de alguém falar em outra língua, que não sejam mais do que dois ou, quando muito três. E isto, sucessivamente, e haja quem interprete. Mas, não havendo interprete, ( estrangeiros) fique calado na igreja, falando consigo mesmo, e com Deus.
Se as igrejas pentecostais de hoje acatassem os conselhos de Paulo, e mantivessem ordem no culto, assim como Paulo ensinou. Permitindo que, apenas dois ou quando muito, três se manifestassem, e isso um após o outro, e não todos juntos de uma vez. Então o verdadeiro Espírito Santo iria se manifestar com poder. Paulo sabia que o verdadeiro espírito só se manifestaria com estrangeiros presentes
( Este estudo que estou fazendo é na bíblia traduzida por João Ferreira de Almeida. Edição revista e corrigida. Em outras edições pode haver algumas variantes.)
Paulo evangelizou Corinto em sua segunda viagem missionária, nos anos de 50 a 52. Ficou ali dezoito meses. Depois partiu para outros campos missionários. Em sua terceira viagem foi a Éfeso entre os anos 54-57. Foi quando recebeu noticias por alguns irmãos, que o deixou perplexo e estarrecido quando soube do que estava acontecendo em Corinto.
Corinto era uma cidade portuária, onde sempre havia viajantes estrangeiros, e muitas visitas vinham de todos os recantos, que queriam falar, e pregar em língua estrangeira. Muitos deles trouxeram problemas para a igreja, e ela se tornou uma igreja complicada, (para não dizer depravada).
A IGREJA VIVIA EM PLENA APOSTASIA
Paulo começou a repreender no capitulo um; de sua primeira carta aos Corintios, verso 10 diz, Rogo-vos, irmãos, pelo nome de Jesus Cristo, que faleis todos, a mesma coisa e que não haja entre vós divisões, antes sejais inteiramente unidos, na mesma disposição mental e no mesmo parecer. Era uma igreja que não conhecia união. Porque muitos não aceitaram as inovações que muitos trouxeram para dentro da igreja.
Depois de fazer várias exortações, chega no capitulo 3.
O tópico. O espírito mundano causa dissensões na igreja.
E eu, irmãos, não vos pude falar como á espirituais, mas como á carnais, como á meninos em Cristo. Com leite vos criei, e não com manjar, porque ainda não podíeis, nem tão pouco ainda agora podeis. Porque ainda sois carnais. Pois, havendo entre vós inveja, contendas e dissensões, não sois porventura carnais, e não andais segundo os homens?
A essa altura já funcionavam as línguas estranhas dentro da igreja. Ele disse que, até então, ele ainda não podia falar-lhes como a adultos. Porque eram carnais. E o dom de línguas, não era espiritual?
Capitulo 5 A impureza da igreja de Corinto; repreensões e exortações.
Geralmente se ouve que há entre vos fornicação, e fornicação tal, qual nem ainda há entre os gentios, como é haver quem abuse da mulher de seu próprio pai. Estais inchados e nem ao menos vos entristecestes por não ter sido dentre vós tirado quem cometeu tal ato.
Os Corintios toleravam baixarias de prostituições tais, que nem mesmo os gentios praticavam.
O verso 9. Já por carta vos escrevi que não vos associeis com os que se prostituem. O verso 11, Mas, agora vos escrevo que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idolatra, ou maldizente, ou beberão, ou ladrão; com o tal nem ainda comais. Todos esses males eram praticados dentro da igreja que se dizia possuir o dom do Espírito Santo.
Capitulo 6, Paulo censura o litígio entre os irmãos.
Ousa algum de vós, tendo algum negocio contra outro, ir a juízo perante os injustos, e não perante os santos?
Verso 5 diz, Para vos envergonhar o digo: Não há entre vós sábios, nem mesmo um, que possa julgar entre seus irmãos? Mas o irmão vai a juízo com o irmão, e isto perante infiéis.
Pela maneira que Paulo os censurou, podemos dizer sem medo de errar, que os atos de tal igreja, não mereciam crédito. Entre as muitas igrejas que Paulo edificou; Corinto foi a única que dele recebeu severas repreensões.
Também foi a única que apareceu com as línguas estranhas. Paulo não se achava presente quando isso aconteceu, nem sabemos quanto tempo durou essa confusão. Sabemos que o próprio Paulo ficou confuso quando soube do que estava se passando. Ele conhecia o verdadeiro dom de línguas. Por isso ele procurou pôr ordem na igreja.
Quando se referia ao dom de línguas; sempre o apresentou como; Variedade de línguas. Para as outras, dizia línguas estranhas.
Ele não proibiu as línguas estranhas, mas não as incentivou, porque não sabia se eram verdadeiras. Podia ser uma inovação espiritual que Deus trouxera para a Igreja, ou se era uma falsificação. Ele tinha certeza que Deus era um Deus de ordem, e jamais iria implantar uma doutrina, qual não fosse dentro dos parâmetros celeste.
Capitulo 14: 9, Paulo diz; Assim também vós, se não pronunciardes palavras bem inteligíveis, como se entenderá o que se diz? Porque estareis como que falando ao ar. 14: 23 diz, Se, pois, toda a igreja se congregar num lugar, e todos falarem línguas estranhas, e entrarem indoutos, ou infiéis, não dirão porventura que estais loucos?
14: 18-19 Paulo diz; Dou graças ao meu Deus, porque falo mais línguas do que vós todos. Todavia eu antes quero falar na igreja cinco palavras na minha própria inteligência, para que possa também instruir os outros, do que dez mil palavras em língua desconhecida.
Paulo sempre volta para as línguas inteligíveis, palavras que faladas por outras nações. Não uma língua estática que hoje são pronunciadas. Há muito tempo atrás eu visitava uma igreja, nela havia uma irmã Ucraína (Russa) ela falava bem o português, mas quando era convidada para liderar a oração, ela fazia em sua língua de origem. Todos os membros se queixavam dessa atitude, porque não entendiam o que ela dizia. Chegou o dia em que o ancião da igreja pediu que não orasse mais. A irmã se calou porque não havia interprete.
Era isso que Paulo procurou impor á igreja. Se houvesse algum interprete, um estrangeiro podia fazer uso da palavra. Mas não esta irmã, porque sabia falar o português.
Eu sou descendente de alemães, sei falar o alemão, se eu falasse dentro da igreja, ou em lugares de reuniões com a irmandade na minha língua de origem, Paulo diz que eu sou bárbaro para com os outros. Se nas congregações forem todos de uma mesma nação, certamente, o verdadeiro Espírito Santo não se manifestará. E se alguém falar, ou orar em vós alta, em língua estranha, certamente ele fará sem o consentimento divino.Tudo deve ser feito para a edificação da igreja.
Será conveniente que lessem e relessem sem preconceitos o capitulo 14, e verão que Paulo não proibiu nenhuma língua, mas, esclareceu bem que as línguas não são importantes na obra de Deus.
Hoje existe ainda o verdadeiro dom de língua? Sim; em todos os lugares onde Deus achar por bem, para o crescimento da igreja, certamente acontecerá.
Eu conheço vários casos, apenas relatarei um; Foi no Japão; Um enfermeiro foi recrutado para a guerra da Coréia, ali foi ferido, e mandaram-no para ser atendido no Japão. Depois de ser curado, passou alguns dias ainda em Tóquio. A religião predominante ali é budista. O jovem estrangeiro viu tanta gente boa e sem esperança. Resolveu pregar para essa gente; Pediu a um companheiro japonês que traduzisse as palavras do inglês para o japonês.
Foram até um largo bem espaçoso e começaram a pregar. No inicio todos olhavam para o interprete, depois voltaram os olhares para o pregador. Ele parou e perguntou ao amigo; Porque não traduzes? Ele respondeu: Você está falando em japonês, não é preciso repetir suas palavras. Houve muitas conversões.
Este é o verdadeiro dom de línguas. Acontecimentos como estes, Há muitos. Onde houver necessidade, ali o Espírito Santo se manifesta.
Paulo escreveu esta sua primeira carta depois da denuncia que recebeu sobre a igreja de Corinto, usou de exortações duras, para ver se melhorassem; Parece que não surtiu muito efeito.
Tempos depois enviou a segunda, na qual ele foi mais brando, procurou através de seus escritos leva-los mais perto a Deus. Mas não deixou de dar algumas alfinetadas.
No capitulo 11 de II Cor. Ele aborda sobre os falsos apóstolos. Dizendo: Oxalá, me suportásseis um pouco na minha loucura! Suportai-me, ainda.
Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber. a Cristo. Mas temo que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo. Porque, se alguém for pregar-vos um outro Jesus que nós não temos pregado, Ou se recebeis “um outro espírito”, que não recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes com razão o sofrereis. Infelizmente muitos cristãos sinceros participam desse poder pensando que recebem o Espírito Santo. Poderíamos acrescentar muitas outras passagens, mas creio que é o suficiente para ver que as línguas estranhas é um engodo do inimigo e que Deus não tem participação nenhuma com este movimento.
Peço aos pentecostais que me perdoem por ser tão drástico em relação ás línguas estranhas. Dentro da bíblia não encontrei outra verdade a esse respeito, e eu preciso ser sincero comigo mesmo e com Deus. Eu amo os pentecostais e espero que todos possam descobrir a verdade o quanto antes. Eu também pertencia a igreja pentecostal, e levei seis anos até me decidir sobre essa grande verdade.
Que Deus abençoe a todos
Amem
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