domingo, 30 de dezembro de 2007

PLANETA TERRA: PARA ONDE VAIS?

Os grandes ponteiros do relógio do tempo deram outra volta no mostrador. Encerra-se assim o registro de mais um ano com as suas tensões e ansiedades, frustrando assim a esperança latente dos corações anelantes por dias melhores. Estamos em pleno século XXI julgamos oportuna uma rápida reflexão sobre as perspectivas e possibilidades que nos confrontam.
Os futurólogos de todo o mundo prenunciam para os próximos anos a escalada da violência, uma considerável diminuição do ritmo econômico, sérios conflitos políticos e grandes perturbações sociais. Com este prognóstico, o milênio que se iniciou sob o signo de um otimismo generalizado esta fadada a um caos. O desequilíbrio social e político o futurólogo Paulo já profetizou há dezenove séculos.
Em sua segunda carta capitulo 3: 1-4, ao Jovem Timoteo diz: Sabe, porém, isto; nos últimos dias sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres do que amigos de Deus, tendo forma de piedade negando, contudo, sua eficácia. Todos esses males estão acontecendo diante dos nossos olhos.
A geração que acompanhou o amanhecer do século passado, também sentiu o sedutor contagio de otimismo que a levou a proclamar sua fé no progresso inevitável do mundo, sua confiança inabalável no glorioso triunfo da civilização.
Cedo veio a decepção, e a esperança caiu como um castelo de cartas. Quando haviam cicatrizado as feridas resultantes do primeiro grande conflito mundial, surgiu a grande depressão econômica que estendeu seus tentáculos á todos os continentes, deixando somente incertezas e decepção no coração da humanidade.
A segunda grande conflagração mundial deixou a humanidade á beira de um colapso econômico, moral e espiritual. Apagou-se a fé no glorioso triunfo da civilização. No termino da guerra, os sinos das igrejas badalavam por toda parte anunciando a esperança de uma nova era de paz e harmonia entre os povos. A tão almejada paz não aconteceu. O derramamento de sangue continuou. Nos últimos cinqüenta anos ocorreram em diferentes áreas geográficas centenas de conflitos armados que ceifaram aproximadamente vinte milhões de vitimas.
Infelizmente a guerra continua ardendo intensamente e a tão almejada “paz e segurança” continua latente em todos os corações. Sem, contudo, verem a concretização dos seus sonhos.
O futuro já não é mais depositário da esperança, mas sim, de horror. Demógrafos, ecologistas, e outros mais, denunciam a marcha ao futuro como a marcha da destruição.
Cinco inimigos impessoais transformaram, e continuam com sua obra nefasta de destruição apocalíptica.
O primeiro inimigo; a explosão demográfica. Agora estamos com aproximadamente sete bilhões de habitantes. A maioria deles vive amontoado em cortiços das cidades grandes em situações das mais desesperadoras, passando fome e frio. Dormem amontoados em cubículos que mais se assemelham á chiqueiros, ou estábulos de animais do que local de aconchego humano. Sem sonhos e sem esperança de dias melhores. Vegetam o dia de hoje porque o amanha não sabem como será.
O segundo inimigo: A escassez de alimento. Para enfrentar esse inquietante problema, há duas décadas atrás a FAO lançou as bases da chamada Revolução verde, tendo em vista aumentar a produção agrícola com o propósito de deter os avanços da fome. Porém as possibilidades de alimentar tantas bocas em um mundo estremecido pela explosão demográfica são cada vez mais remotas. A medida que os anos passam vemos em muitos paises milhões de infelizes morrendo de fome. E as autoridades se sentem impotentes para, pelo menos minorar a situação da falta de alimento.
O terceiro inimigo: A escassez de recursos naturais. A industrialização é um avanço para proporcionar certo conforto á classe privilegiada, mas representa uma ameaça tão grande quanto a superpopulação, porque com sua fome voraz de matéria prima esta exaurindo progressivamente as reservas da terra, esgotando seus recursos naturais. Se as autoridades não procurarem alternativas imediatas dentro de poucas décadas o planeta se torna desabitavel. Os mais idosos que convivem há mais de meio século com os recursos naturais constata grandes mudanças na fauna e na flora. A extração da madeira em grande escala diminui as nascentes d,água. A alteração do sistema de irrigação pela chuva trouxe desequilíbrio no crescimento da vegetação, também muitas espécies de pássaros e animais estão extintos.
O quarto inimigo da humanidade: A contaminação ambiental. O nosso ambiente físico esta sendo poluído com uma rapidez muito superior aos esforços que o homem e a natureza realizam para purificá-lo. As matas que purifica o ar diminuíram, e o oxido de carbono contaminou em milhares de vezes o ar que respiramos trazendo uma infinidade de enfermidades as quais antes não havia. A água, além de escassa esta tão poluída que é impossível ao homem se servir dela. Já há paises que filtram a mesma água usada cinco a seis vezes, para separar a urina e outros poluentes tóxicos para tornar a bebê-la.
Poderíamos acrescentar outra infinidade de males que contribuem para destruir o nosso planeta. Mas perguntamos: Para onde vamos, e até quando podemos sobreviver neste mundo que nós mesmos destruímos? Os mensageiros bíblicos advertem; Isaias 24: 4-9 diz: A terra pranteia e se murcha; o mundo enfraquece e se murcha; enfraquecem os mais altos do povo da terra. Na verdade a terra está contaminada por causa dos seus moradores; porquanto transgridem as leis, mudam os estatutos, e quebram a aliança eterna. Por isso a maldição consome a terra, e os que habitam nela, serão desolados; por isso serão queimados os moradores da terra, e poucos homens restarão. Pranteia o mosto, enfraquece a vide, e suspirarão todos alegres de coração. Cessou os folguedos dos tamboris, acabou o ruído dos que pulam de prazer, e descansou a alegria da harpa.
Com canções não beberão vinho; a bebida forte será amarga para os que a beberem.
Romanos 13:11 diz: Certamente é já a hora de despertarmos do sono; porque a nossa salvação esta agora mais perto de nós do que quando aceitamos a fé.
Na segunda carta de Pedro 3:1, lemos: Amados, escrevo-vos agora esta segunda carta, em ambas as quais desperto com exortação o vosso animo sincero. Para que vos lembreis das palavras que primeiramente foram ditas pelos santos profetas, e do mandamento do Senhor e Salvador, mediante os vossos apóstolos.
Sabendo primeiro isto; que nos últimos dias virão escarnecedores, andando segundo as suas próprias concupiscências, e dizendo: Aonde esta a promessa da Sua vinda? Porque desde que os pais dormiram todas as coisas permanecem como desde o principio da criação. Nos versos 9-10 continua; O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a tenham por tardia; mas é longânime para convosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se.
Mas o dia do Senhor virá como ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo e os elementos, ardendo se desfarão, e a terra, e as obras que nela há se queimarão. Havendo, pois, de perecer todas essas coisas, que pessoas vos convêm ser em santo trato e piedade? Aguardando e apressando-nos para o dia da vinda de Deus, em que os céus, em fogo se desfarão, e os elementos, ardendo, se desfarão. Mas nós, segundo a Sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra em que habita a justiça.
Para milhões de pessoas do século 21 essa promessa divina é pura fantasia. Primeiro porque não crêem que existe um Deus, depois acreditam que este mundo jamais virá á ser destruído.
Todo o homem que pára para refletir logo percebe que o nosso mundo já está tão cansado que não pode suportar por muito tempo a devastação feita pelo próprio homem. Se não houver logo uma intervenção extraterrestre, os próprios homens se destruirão, e consigo destroem todo o planeta. Sejamos coerentes, só porque a destruição nunca aconteceu, não aceitamos essa possibilidade? Não sejamos céticos, O dilúvio de águas também nunca havia acontecido, mas um dia aconteceu e todo o mundo de então foi pego de surpresa. Reflitamos seriamente sobre, o que viemos fazer aqui, e, ao findar a nossa vida, para onde vamos? Acredite na palavra de Deus, ela é nossa bússola que nos orienta no caminho da vida.
Não deixe de participar do próximo pensamento para a hora da reflexão.
E.K.M.

sexta-feira, 29 de junho de 2007

FRIEDRICH WILHELM NIETZSCHE - O HOMEM QUESTIONADO

Ernesto kunibert Menslin

Quem foi Friedrich Nietzsche? Eis a questão; Um personagem que, para alguns é um sábio, e outros o consideram um louco.
Não conheço todas suas obras. Li apenas algumas e o Zaratustra, e sua biografia narrado, comentado e criticado por vários escritores, que divergem em muitos pontos, mas, são unânimes em afirmar que Nietzsche foi um homem complexo de difícil convivência, homem de várias personalidades, as vezes arrogante, outras vezes chega a ser infantil. Para os mais ortodoxos, ele foi um louco. Para os moderados ele foi, no mínimo, alguém com problemas mentais, que não deixa de ser a mesma coisa.
Da sua biografia que eu li concluí que ele trouxe um trauma do seu lar ou de sua infância. O avô e seu pai foram lideres religiosos. Eles devem ter sido austeros com ele, procurando imprimir na mente do menino a importância da perfeição. Eu também sou neto de alemães e conheço bem o regime que os chefes de família impõe a seus filhos.
A situação ainda se agrava mais porque ele também é de descendência judaica, e na época era comum crianças judias serem hostilizadas por preconceito racial no convívio com crianças de outra nacionalidade.
Nietzsche perdeu seu pai aos 5 anos, na idade que mais precisava do apoio masculino, e com isso a família se esfacelou. Após a morte de seu pai, a sua mãe mudou-se com a família para outra cidade onde conviveram com duas tias e a avó. Ali viveram vários anos. Durante esse tempo ele demonstrou ser menino inteligente, bem extrovertido, procurou ser amigo de todos. Também se deu muito bem nos estudos.
Aos quinze anos Nietzsche conseguiu uma bolsa de estudos e foi matriculado na escola de Pforta. Uma escola de renome na qual se formaram homens importantes.
Ele no principio foi aluno exemplar, estudou vários idiomas. Seu forte sempre foi, os clássicos de filósofos e poetas materialistas e a musica que sempre o inspirava.
Terminando seu curso em Pforta, transferiu-se para Bonn com intenção de fazer Teologia e Filosofia, mas logo percebeu que não era exatamente isso que ele queria. Deixou os cursos e foi para Leipzig e se inspirou em Filologia. De um lado ele adquiriu cultura, por outro perdeu o que ainda possuía de melhor. A sua fé em um Criador que a essa altura ja se achava em coma dentro dele. O jovenzinho Nietzsche se sentiu só. Com a falta dos conselhos sábios do pai já falecido e sua mãe que se achava distante, tornou-se muito dependente. Sua convivência com professores ateus e a companhia de colegas que viviam outro sistema de vida o reeducaram.
Era sedento por letras, cedo começou a escrever, toda literatura que lhe vinha pela frente, devorava. O livro: “O mundo de Vontade e Representação” da autoria de Schopenheimer o fascinou tanto que o tornou um ateu praticante.
Foi professor na Basiléia durante aproximadamente dez anos. Nesse tempo escreveu vários artigos e livros sobre os grandes filósofos. Os primeiros livros foram bem recebidos e sendo professor de renome, adquiriu uma posição razoável entre os homens de letra.
Aos trinta anos começou escrever seus livros nos quais ele colocara seus próprios pensamentos. Com sua saúde já debilitada aumentou a sua revolta contra tudo e contra todos. Ele lançou nos escritos sua dor e mágoas que a vida lhe ofereceu, principalmente contra a divindade. Sentiu-se injustiçado por perder seu pai na mais bela infância.
Seus escritos nessa época ja não foram bem recebidos, também seus amigos já foram diminuindo. Por causa de sua enfermidade, a universidade onde lecionou tratou de licenciá-lo para poder se curar.
Após um ano de afastamento ele voltou a lecionar, mas estava muito enfraquecido, e seus alunos o deixaram, quando ele percebeu sua decadência abandonou o serviço.
O pai de Nietzsche além de líder religioso também foi pianista, e o filho certamente recebeu por herança o dom da musica, ela o aproximou de Wagner que por algum tempo foi seu ídolo por suas belas composições. Wagner era religioso e Nietzsche era ateu convicto, algum tempo depois se afastou dele por causa de suas tendências religiosas.
A enfermidade de Nietzsche aumentou, sentia dores constantes em sua cabeça, sua voz e visão foram enfraquecendo. Desesperado, mudava de um país para outro pensando obter melhoras, mesmo assim, foi de mal a pior.
Na época a sífilis, enfermidade sexualmente transmissível, era epidêmica e não havia cura, Nietzsche também foi acometido desse mal. Seu corpo definhou, seu cérebro atrofiou e mal falava, não escrevia mais coisa com coisa. Faleceu aos cinqüenta e seis anos.
Quanto a sua vida privada, há várias versões; alguns afirmam que ele foi um devasso, outros interpretam-no como um infeliz na vida e no amor Segundo alguns documentários de historiadores; insinuam que após a morte de Friedrich Nietzsche, sua irmã Elizabeth tomou muitos dos seus escritos não aproveitados e rejeitados, subtraiu muitas partes deles e adicionou outras para ter melhor aceitação pela crítica, e assim lançou no mercado com a autoria de Friedrich Nitzsche..

Segunda parte
Analisando os detalhes

Podemos dividir a vida e obra de Nietzsche em várias partes:
A primeira foi entre os familiares e seus primeiros anos escolar. A família mantinha por várias gerações uma tradição religiosa, não só participante, mas atuante. Seus avôs também foram pastores da igreja Luterana. E não deixa dúvida de que seus familiares sonharam fazer do pequeno Friedrich um pastor. E para isso foi preciso viver enclausurado em uma rígida disciplina. Educaram-no com amor, mas muitas brincadeiras que, para os outros era lícito, ele não devia nem pensar em participar. Depois que seu pai faleceu, sua mãe e o resto da família se mudou para uma pequena cidade de Naumburg onde viveu entre parentes, mas sem a figura do pai, e com apenas cinco anos de idade sentiu o abalo. Depois venceu o trauma, acostumando-se a viver sem ele, mas sua responsabilidade aumentou porque a mãe e tias, cedo queriam fazê-lo um homenzinho.
Em casa recebeu toda a orientação religiosa e viveu como cristão, porque cristianismo não é uma simples teoria filosófica, é mais uma pratica de vida cristã todos os dias. Entre a criançada do bairro era conhecido de pastor. Na escola sempre esteve entre os melhores, foi feliz até completar o primeiro ciclo escolar.
A segunda etapa:
Aos quinze anos alguém lhe conseguiu uma bolsa de estudos na escola de Pforta, uma escola de renome. Todos que ali estudavam eram filhos de pais abastados. É fácil de entender o que ele passou. Seus colegas eram bem maiores e ele era um adolescente de índole cristã, que só servia de escárnio para a rapaziada. A revolta foi total, humilhado reagiu, mas de uma forma errada. Afastou-se da prática da religião, contudo permanecia dentro dele a firme decisão que ele tomara quando ainda pequeno, queria seguir as pisadas do pai.
Após o curso do segundo ciclo, seguiu para Bonn disposto a fazer Teologia e filosofia, queria reativar aquela imagem de cristão que fora imprimido em seu coração na convivência familiar. Foi sua última oportunidade de reviver seu espírito cristão, que já se achava em coma; sua decepção foi total!
Na escola onde devia encontrar a porta do céu, encontrou vários professores que lecionavam religião, mas ensinavam e viviam o materialismo. Para ele foi o golpe fatal, morreu toda a esperança que acalentava por tantos anos.
A decepção foi tamanha que abalou toda sua estrutura física e mental.
Na adolescência quando fazia o segundo ciclo ele já mergulhou nas obras dos grandes pensadores, a literatura dos filósofos era seu prato predileto. Abandonou a Teologia e Filosofia no meio do caminho e abraçou a Filologia. Era muito carente de afeto, e os amigos que se aproximavam, ele os recebia com sinceridade, pensando que a amizade deles fosse recíproca, mas o levaram sempre mais á decepção.
Nietzsche teve sucesso como professor, por quase dez anos lecionou na Basiléia, Suíça. Sempre teve inclinação para a literatura, suas primeiras obras foram bem aceitas pela crítica, porque filosofava sobre outros grandes mestres. À medida que os anos passaram, ele transferiu para o papel, com sua pena, todo o ódio e revolta que se achava dentro dele. Rapidamente seus amigos se afastaram e ele ficou só.
A Sífilis que também chamam de tísica è um mal que atrofia todos os músculos e dificulta a voz, ouvidos, visão, mas principalmente o cérebro, e sem retorno. Passado um ano tentou voltar ao magistério, logo desistiu porque os alunos o deixaram, temendo o contágio de sua enfermidade. Passou por vários países em busca de paz. Na medida do possível, continuou escrevendo, porém, suas ultimas obras já eram mal traçadas linhas com argumentos sem lógica e sem sentido.
Através dos seus escritos procurou transmitir um sentido diferente para a vida. Ele achou defeito em todos os regimes já estabelecido. O básico para ele era o eu, e segundo dizia; não devemos deixar escravizar o eu pelo moral ou ética.
Para ele, o erro ou pecado só existe na mente humana e tudo é licito ao homem fazer. Há muitas contradições em seus escritos, em uma frase lança a virtude por terra, na outra ele a exalta e até a sublima.
Não se conformou com sua queda. À medida que escrevia alguma parte de um livro, já enviava para a apreciação dos amigos. Os seus escritos eram ridicularizados, até os mais íntimos nem se davam ao trabalho de os ler.
Ele se dizia materialista, mas todas suas obras trazem frases de revolta contra seu Criador. Zaratustra foi uma das ultimas obras escritas por ele. Quando fazemos uma análise bem acurada nessa obra, percebemos que ele queria se igualar ou imitar os provérbios de Salomão, mas sua capacidade intelectual não chega nem perto do grande sábio.
Os provérbios são advertências com conselhos e esperança. Por outro lado Zaratustra é um emaranhado de frases desconexas. Quando chegamos á ultima página, concluímos que o escritor não sabia mais o que, na verdade queria transmitir.
Em toda sua obra alterna o sentido, ora se coloca como divindade e mais adiante se faz de vítima.
Muitos jovens de hoje no meio acadêmico não tem carisma próprio, se debruçam sobre escritos de filósofos excêntricos para conseguirem um lugar ao sol do mundo da literatura, mas tarde descobrem que os meios não justifica o fim. Mais vale uma carreira moderada do que subir muito alto e sentir vertigens. De quanto mais alto, maior a queda.
Um vencedor, não importa de qual área, sempre necessita de esforços próprios para vencer. O homem para se tornar alguém na vida precisa ser forjado sobre a bigorna do sacrifício, sem lutas não há vitórias.
O sábio Teólogo Jesus Cristo já dizia; Pelos seus frutos os conhecereis. Não se colhem frutos bons de uma arvore má, nem se colhe frutos maus de uma arvore boa.
Ao vencedor na vida não consiste no que aparenta ser, mas no que ele é, bem no fundo do coração.
Nietzsche já conhecia o caminho do bem e da felicidade desde o berço, porque recebeu no lar toda a orientação para ser feliz, mas preferiu os conselhos oferecidos pela filosofia de homens que não conheciam o caminho da justiça e do amor, e se perdeu no labirinto da loucura.
Caro jovem; Não te afastes do caminho do bem, pratiques a justiça e receberás o galardão, e não te envolvas com pensadores que são como estrelas errantes que dão sua luz e logo caem como um raio do céu, e deixarão a todos os que se miraram nela, em um caminho donde não há mais retorno.
Ainda hoje há polêmicas sobre Nietzsche, para alguns ele foi um gênio, para outros foi um louco. Uma coisa é certa; seus escritos não edificam. Há no mercado tantas obras de pensadores importantes á serem pesquisadas, que não vale a pena perder seu tempo e talento com literatura questionável. Há o velho adágio que diz: Dize-me com quem andas que eu lhe direi quem tu és.
O melhor alimento literário ainda consiste em manusear escritos sadios, produzidos por mentes cristãs que erguem o moral e dignificam o caráter. Há os que contestam essa verdade, mas o cristianismo é a única verdade que vence a todas as filosofias.

QUEM FOI

Ernesto K. Menslin

Quem foi que lançou os fundamentos da terra.
Ou que estendeu sobre ela o cordel
Quem foi que assentou sua pedra angular
Quando todo o universo se pôs a cantar?

Quem foi que traçou os limites do mar
Quem estendeu na sua orla as belas praias
E fez o orgulho de suas ondas parar
Dizendo; até aqui e daqui não saias.

Quem fez a madrugada, e a fez sair do seu leito
Para que viajasse até as orlas da terra?
E se estendesse sobre a abóbada celeste
Até se recolher em seu leito por de traz da serra.

Alguém tem idéia nítida da largura da terra?
Com quatro pontos cardeais em forma de cruz
E quanto as trevas, onde é seu ocaso?
Tens noção de onde a escuridão se separa da luz?

Alguém já foi para alem do sol a procura de sua base?
Ou sabes donde provém o seu calor
E a lua cheia tão bela em sua fase
Que inspira os namorados fazendo juras de amor

Quem foi que enfeitou o céu com estrelas
Como enfeitam a noiva com flores e grinalda?
Ou deu sabedoria as nuvens que vestem o céu
Qual bebê envolto em suas fraldas

A luz do sol segue sem se deter em seu roteiro
Mas quem abriu o caminho para difundir o seu clarão?
E quem criou os regos para o aguaceiro
Ou o caminho para os relâmpagos e do trovão.

Quem gera as gotas do orvalho
Que faz as plantas da terra crescer
Ou dá a luz á geada do céu
E faz o pessegueiro florescer.

Alguém pode atar as cadeias do setestrelo?
Ou pode guiar as ursas pela vastidão do firmamento
Podes soltar os laços do Orion?
Ou podes enviar chuva e sol ao mesmo tempo.

Quando vejo o jardim todo em flor.
Ou contemplo as aves nos céus.
Sinto o poder maravilhoso do amor
Sou obra de tuas mãos...oh Deus!

A IGREJA DE DEUS DO GENESIS AO APOCALIPSE

Ernesto k. Menslin

Em todos os tempos Deus tem a Sua igreja na terra. Ás vezes ela passa por dificuldades que parece perecer entre os atropelos do mundo. Porém, em meio a muito sofrimento, ela continua firme, brilhando como estrela no firmamento.
A igreja teve seu inicio no jardim do Éden, onde todas as tardes no virar do dia (por do sol) Deus vinha se encontrar com suas criaturas, que Deus adotara como filhos. Depois do pecado, os seres humanos não podiam mais suportar a presença gloriosa do seu Criador.
A partir daí; nossos primeiros pais adoraram a Deus pela fé, através de cultos diários. Caim e Abel participaram por muito tempo dos cultos á Deus, e de tempo em tempos deviam oferecer um cordeiro que simbolizava o redentor, que na plenitude dos tempos viria para salvar os pecadores arrependidos.
Infelizmente! Caim cometeu o primeiro homicídio, matou seu irmão Abel. A maldição do pecado fez Caim perambular por séculos pelas terras de ninguém.
A nova geração começou com o terceiro filho de Adão e Eva, Sete. Que certamente casou com sua irmã. E Adão continuou gerando filhos e filhas, e Sete também. Estas gerações seguiram os conselhos de Adão durante muitos séculos. Sendo ele, o primeiro patriarca da terra. E, o sacerdote da igreja de Deus entre seus descendentes, Deus os chamou de “filhos de Deus”.
Caim depois de vagar por muitos anos, talvez, séculos, buscou uma parente sua, da parte de Sete. E se distanciou dos outros parentes. Foi morar na terra de Node, ao oriente do Éden.
Com o passar do tempo, edificou ali uma cidade com o nome de seu primogênito Enoque. Estas gerações foram chamado de; filhos dos homens. Porque eram rebeldes contra as ordens divinas. Aproximadamente dois séculos antes do dilúvio, os dois grupos se uniram e criou gerações de perversos. Em Gen. 6: 1-2 diz: Como se foram multiplicando os homens na terra, e lhes nasceram filhas, vendo os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas, tomaram para si mulheres, as que, entre todas, mais lhes agradaram.
Foi preciso Deus intervir; com as águas do dilúvio que consumiu a todos. Ficaram apenas os que foram salvos dentro da arca. No fim do dilúvio, ela parou entre as montanhas do Ararat. Ao saírem da arca Noé levantou um altar ao Senhor e sacrificaram animais limpos ao Senhor, e Deus fez um pacto com Noé e seus filhos. Prometeu protege-los e abençoá-los, mas que fossem fieis, obedecendo as Suas ordens.
Depois desceram as montanhas do Ararat, se estabeleceram nas planícies das terras de Sinear. Logo se esqueceram de Deus. E, Deus os confundiu com vários idiomas, e um, não entendia o outro. Formaram seus grupos da mesma linguagem e se dispersaram.
A família de Abraão viveu na terra de Ur ( hoje Iraque ) Mas também eram idolatras. Deus tirou Abraão de lá para não se contaminar com o restante dos seus familiares. Gen. 12: 1-2 diz; Ora disse o Senhor a Abraão; Sai da tua terra, e da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei; de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome, Sê tu uma benção.
Abrão foi conduzido a terra de Canaã e seus arredores. Em todos os lugares onde ele demorasse, erguia um altar ao Senhor.
Deus tomou Abraão e seus descendentes como sua igreja. Mas, entre os outros povos também havia muitos que eram fieis a Deus. Portanto, pertenciam a igreja de Deus.
Melquizedec era rei e sacerdote do Deus Altíssimo na terra de Salem, que mais tarde recebeu o nome de Jerusalém Gen, 14: 18 em diante. Muito tempo depois encontramos Jetro o sogro de Moisés, que foi sacerdote do altíssimo na terra de Mídiã. (Hoje Sudão, vizinho do Egito, no noroeste da África. Gen.18-1 em diante. Estes também fizeram parte da igreja de Deus.
Depois que Deus libertou o povo de Israel da escravidão no Egito. os conduziu para a terra de Canaã. Quis fazer deles um reino sacerdotal. Porém, era um povo rebelde, que na escravidão só conheciam a lei do chicote.
Deus pacientemente os tolerou pela promessa que fizera a Abraão, que nele seriam benditas todas as nações da terra.
A Genealogia foi cuidadosamente preservada até a chegada do Messias que trouxe a salvação aos homens.
A igreja não é o prédio onde se congregam. São os povos que entregam seu coração á Deus.
No tempo de Jesus existiu o famoso templo de Salomão, que serviu como local de culto a várias ramificações religiosas. Os Fariseus eram os mais imponentes e orgulhosos, se consideravam os donos da verdade. Foram os ferrenhos inimigos de Jesus, e assim mesmo se vangloriavam como representantes de Deus. Outra facção religiosa que cultuava no mesmo templo foram os saduceus que também eram importantes. Mas suas doutrinas bíblicas eram contraditórias e entravam em choque com as mensagens de Jesus.
Eles não criam na ressurreição. No tempo de Jesus, o sumo sacerdote era da seita dos saduceus. Atos 5: 17 em diante.
Os herodianos; era outra facção religiosa, com tendências políticas a Roma. Quando podiam, denunciavam os judeus diante ás autoridades romanas. Classe de arrogantes eram os escribas, que não era uma religião, mas eram muito respeitados por todos, porque eram considerados os intelectuais, eram copistas, faziam as copias dos manuscritos originais da bíblia.
Havia os essênios, uma classe, que viviam espalhados pelo deserto. Eram desprezados, quando não perseguidos pelos demais, porque eram muito radicais e acusavam os fariseus pela vida arrogante que levavam.
Foi entre eles que João Batista exerceu seu ministério. E muitos das outras facções vinham ouvi-lo, inclusive muitos dos sacerdotes que deixavam a cidade para se juntar a eles.
Em todas essas facções havia os sinceros que faziam parte da igreja espiritual de Deus.
Jesus estabeleceu a Sua igreja entre esses humildes, que foram primeiramente despertados para a vinda do Messias através de João Batista, o qual apresentou Jesus como o Cordeiro que tira o pecado do mundo. Após a morte de Jesus, os discípulos organizaram a nova igreja. Que também ficou convivendo por mais três anos e meio com as outras ramificações dentro do templo. Atos 3:11 em diante; Pedro pregou no pórtico do templo de Salomão.
Os judeus toleraram os cristãos na esperança de reconduzi-los ao judaísmo. Aconteceu o contrário, muitos dos judeus se converteram ao cristianismo.
Quando os lideres do templo viram que estavam perdendo adeptos, eles iniciaram uma grande perseguição aos cristãos. No capitulo 4 de Atos relata a prisão de Pedro e João que foram conduzidos perante o sinédrio. Era a autoridade máxima do judaísmo. Os discípulos se defenderam, exaltando a Jesus que os outros haviam matado.
Depois de ameaças de morte, os judeus os soltaram. Os discípulos continuaram pregando no templo. No capitulo5:17 em diante tornaram a prender os apóstolos na prisão publica. Durante a noite os apóstolos foram libertos milagrosamente, e no dia seguinte estavam pregando novamente no templo. Foram levados novamente diante do sumo sacerdote, depois de muitas ameaças os soltaram.
Chegou o dia em que decidiram expulsar os cristãos, e se preciso, mata-los. Mataram Estevão e começou uma ferrenha perseguição contra toda a igreja de Deus.
Porque Deus permitiu esta perseguição? Os cristãos já se haviam adaptado á convivência com as outras agremiações no mesmo templo. Foi a maneira de Deus acordar a sua igreja para a missão á qual ela foi instituída.
Os cristãos se espalharam por todos os lugares onde receberam acolhimento. Permaneceram em Jerusalém apenas seus lideres. E a igreja de Deus cresceu na clandestinidade dentro da cidade. Os cristãos pregaram o evangelho, principalmente aos judeus que haviam emigrado para outros paises.

No livro do apocalipse; capitulo dois encontramos a descrição do curso da igreja desde o dia do pentecostes até a segunda volta de Jesus. O Apocalipse é um livro profético, que apresenta suas mensagens simbolicamente. Por isso, para muitos ha dificuldade de entender as mensagens.
A igreja de Deus é representada por sete igrejas, que na época existiam na Ásia menor, com características diferentes, umas das outras. Por isso Deus escolheu estas sete, porque a igreja passaria por sete períodos diferentes.

Vamos começar com Éfeso que representou o primeiro período da igreja de Deus. Apoc.2:1 em diante, Ao anjo da igreja em Éfeso escreve: Estas coisas diz aquele que conserva na mão direita as sete estrelas e que anda no meio dos sete candeeiros de ouro: Conheço as tuas obras, tanto o teu labor como a tua perseverança, e que não podes suportar homens maus, e que puseste a prova os que a si mesmo se declaram apóstolos e não são, e os achaste mentirosos; e tens perseverança, e suportaste provas por causa do meu nome, e não te deixaste esmorecer.
Tenho, porém, contra ti, que abandonaste o teu primeiro amor. Lembra-te de onde caíste, arrepende-te e volta a prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas. Tens, contudo, a teu favor que odeias as obras dos Nicolaítas, as quais eu também odeio.
Este tempo corresponde; desde a morte de Jesus até o ano 100 da nossa era. Primeiramente o anjo apresenta á Jesus que se achava entre os sete candeeiros. E trazia na mão direita as sete estrelas. É a promessa que Jesus não abandona seus filhos em meio ao sofrimento. A luz das sete lâmpadas, “evangelho” iriam brilhar como as estrelas em Sua mão, porque Jesus está presente.
O significado de Éfeso é desejável, e apropriadamente descreve o caráter e condição da igreja em seu primeiro estado. Foi quando seus apóstolos e os primeiros conversos receberam a doutrina de Cristo na sua pureza, e desfrutaram os benefícios e bênçãos dos dons do Espírito Santo. Isto se aplica ao primeiro século, durante a vida dos apóstolos. A igreja passou por duras provas; Mataram Pedro em 65, em 67 mataram Paulo. No ano 70 destruíram Jerusalém e seu templo, e os cristãos que ainda habitavam na cidade, fugiram, viveram como nômades, e muitos desanimaram continuar como cristãos. Logo após, a igreja deixou o seu primeiro amor. Vem o conselho que voltem a praticar as primeiras obras, senão Deus virá para tirar o candeeiro, que significa tirar a luz do evangelho. Eles possuíam ainda algo de valor, É que eles combatiam os falsos apóstolos que queriam contaminar com falsas doutrinas a igreja de Deus.

A segunda carta é o segundo período; Esmirna, que se estende do ano 100 até o ano 313. Ao anjo da igreja de Esmirna escreve: Estas coisas, diz o primeiro e o último, que esteve morto e tornou a viver; Conheço a tua tribulação, a tua pobreza (mas tu és rico) e a blasfêmia dos que a si mesmo se declaram Judeus e não são sendo antes sinagoga de Satanás.
Não temas das coisas que tens de sofrer. Eis que o diabo está para lançar em prisão alguns de vós. Para serdes postos á prova, e tereis tribulação de dez dias. Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida.
Esmirna significa cheiro suave; Este período foi a mais forte das perseguições sob Roma pagã.
Os cristãos sempre foram confundidos em Roma, com os judeus, porque a sua doutrina básica eram os dez mandamentos da lei de Deus, e, eles viviam esses princípios, inclusive o quarto mandamento que manda guardar o sábado. E a igreja cristã guardou o sábado. Eles viveram escondidos e perseguidos, nas catacumbas subterrâneas se reuniam aos sábados para seus cultos a Deus. Foi uma perseguição ainda suportável.
No ano 303 o imperador Diocleciano lançou uma ferrenha e sangrenta perseguição contra os cristãos, que os mandou para a arena, para serem estraçalhados pelos leões famintos. E serviam de espetáculo ao povo romano. Esta carnificina durou até 313 da nossa era. Foi exatamente um período de dez dias proféticos.

Ao terceiro estado da igreja foi escolhida a igreja de Pérgamo. Porque ela, na época se enquadrava a este período da igreja de Deus.
Foi do ano 313 até 538 A.D.
Ao anjo da igreja em Pérgamo escreve: Estas coisas, diz aquele que tem a espada afiada de dois gumes: Conheço o lugar em que habitas, onde está o trono de Satanás, e que conservas o meu nome, e não negaste a minha fé, ainda nos dias de Antipas, minha testemunha, meu fiel, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita.
Tenho, todavia, contra ti algumas coisas. Pois tens aí os que sustentam as doutrinas de Balaão, o qual ensinava a Balaque a armar ciladas diante dos filhos de Israel para comerem coisas sacrificadas aos ídolos e praticarem a prostituição.
Igualmente, também tu tens os que da mesma forma sustentam a doutrina dos Nicolaitas. Portanto, arrepende-te; e, se não, venho a ti sem demora e contra eles pelejarei com a espada da minha boca.
O significado de Pérgamo, é altura, ou elevação. Representa com toda propriedade o período da igreja cristã. Que começa com o reinado do imperador Constantino, 313 A,D.
Constantino percebeu que o derramamento de sangue dos cristãos não levaria á lugar nenhum. O seu império já se achava em decadência. Então estudou uma estratégia. Se não podemos destruí-los, porque não unirmos a eles? Foi o que aconteceu; Ele liberou todos os cristãos a praticarem livremente os seus cultos. Não ficou só nisso. Ele construiu em todos os altos de Roma e seus arredores, igrejas para eles. Mais ainda, ele obrigou á todos os pagãos se tornarem cristãos através do batismo. (Muitos escritores católicos afirmam que Constantino se converteu ao cristianismo. Foi só interesse político).
Foi um, toma lá e da cá. A parte que os cristãos deviam ceder. Foi exigido o seu dia de descanso, que era o sábado. E transferir seus cultos para o primeiro dia da semana, que os pagãos dedicavam ao sol, que hoje é o domingo. Os cristãos conviveram nas mesmas igrejas, com os pagãos. Por isso a profecia bíblica diz que eles moravam onde é o trono de Satanás.
Os pagãos não só trouxeram o domingo para dentro da igreja, mas uma serie de ritos e cerimônias pagãs, inclusive as imagens de escultura com seus deuses. A crença nas penas eternas do inferno. A imortalidade da alma. Enfim. Tudo que hoje conhecemos como crenças antibíblicas foram introduzidas na igreja cristã naquela época. Os cristãos sinceros reagiram, mas, uma grande maioria preferiu se sujeitar a essas exigências, em troca da liberdade religiosa, do que voltar a ser perseguido como antes. Eles pensaram que, com o tempo, iriam converter os pagãos. Isso não aconteceu; os pagãos receberam o nome de cristãos, e os cristãos sinceros foram taxados novamente de hereges. Alguns dos cristãos, defensores da verdade, foram sacrificados.
A doutrina de Balaão foi exatamente a ação da ala liberal. A igreja se reorganizou, (naturalmente com a presença de Constantino) e foram escolhidos os bispos, os mais bajuladores do Imperador. Que persuadiram e convenceram aos sinceros, á aderirem ao novo sistema, para depois convencer os pagãos a se converterem. O êxito da doutrina de Balaão foi só em parte. Muitos cristãos permaneceram firmes na fé.
No ano 330 A.D. Constantino removeu e sede do seu governo de Roma para Constantinopla, e a cidade de Roma foi cedida ao bispo de Roma. Que recebeu de Constantino, e os imperadores após ele, ricos presentes e grande autoridade. A Roma como império só resistiu até o ano 476 A.D. A partir daí Roma pagã é considerado como Roma papal. Porque o bispo de Roma se tornou o poder mais influente de Roma ocidental. Os cristãos fieis continuaram convivendo com os pagãos.

A igreja de Tiatira foi do ano 538 até 1517 A.D.
O quarto estado da igreja recebeu o nome de Tiatira. A repreensão a esta igreja é muito extensa, nós vamos apresentar os tópicos mais importantes. Capitulo 2: 19 diz. Conheço as tuas obras, o teu amor, a tua fé, e o teu serviço, a tua perseverança, e as tuas ultimas obras mais numerosas do que as primeiras. Tenho, porém, contra ti o tolerares que essa mulher, Jezabel, que a si mesma se declara profetisa, não somente ensina, mas seduz os meus servos a praticarem prostituição, e a comerem coisas sacrificadas aos ídolos.....Verso 24 diz. Digo, todavia, a vos outros, a tantos quantos não tem essa doutrina, e que não conheceram como eles dizem; as coisas profundas de Satanás. Outra carga não lançarei sobre vós.
Tiatira representa bem a condição do povo de Deus, que viveu perseguido durante o longo e escuro período de 1260 anos. Desde o concilio de Orleans do ano 533 - 538. Começou a supremacia papal. Foi quando a já apostatada igreja cristã se organizou e se denominou Católica Apostólica Romana. E se intitulou a cabeça de todas as igrejas. Este reinado de terror foi até 1798. Calculando esses anos com 30 dias cada mês, chegamos a data exata de 1260 dias. Nas profecias, um dia equivale um ano. Portanto, são 1260 anos de supremacia papal . Durante a chamada “santa inquisição” muitos milhões, em todos os paises da Europa pereceu como mártires. Não mais traziam os cristãos para ás arenas como no tempo de Diocleciano, mas, os levaram ao poste para serem queimados vivos. Muitos cristãos fugiram para não serem todos mortos. No apocalipse 12:6 diz, A mulher (igreja), porém, fugiu para o deserto, onde lhe havia Deus preparado um lugar, para que nele a sustentem durante mil duzentos e sessenta dias.( anos) Portanto é o mesmo período apresentado acima. Os cristãos fugiram para as montanhas no norte da Itália. Que foram chamados de “os Valdenses”.
A mulher Jezabel que se encontra na carta á igreja de tiatira, e se declara profetiza certamente se refere também a igreja apostatada, Apoc. 17:18. (Mulher em profecias representa igreja) que seduziu todos os povos com doutrinas falsas. (prostituição espiritual). Adoração aos ídolos, a imortalidade da alma, as penas eternas no inferno, e a transgressão da lei de Deus. Que trocaram o sábado do Senhor do sétimo dia, para adorar o dia do sol que é o primeiro dia da semana, o deus dos pagãos; o domingo.
Infelizmente os reformadores trouxeram essas falsas doutrinas para as igrejas evangélicas.
A supremacia do papado reinou durante 1260 anos. Que alcançou o ano de 1798. Mas a perseguição Satânica e o sofrimento abusivo podem ser considerados apenas até o ano 1517. Foi quando a igreja mãe perdeu forças por causa dos reformadores. Mas a sua autoridade ela manteve até 1798. Este acontecimento da revolta do povo foi profético.
Em Mat. 24:22 diz; Se esses dias não fossem abreviados, ninguém seria salvo; mas, por causa dos escolhidos, tais dias serão abreviados.

O quinto período da igreja foi Sardes; 1517 a 1833
Sardes significa; cântico de alegria. Apoc. 3:1 em diante; Conheço as tuas obras, de que tens nome que vives, e estás morto.
Sê vigilante e consolida o resto que estava para morrer, porque não tenho achado íntegras as tuas obras na presença do meu Deus.
Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, guarda-o e arrepende-te. Porquanto, se não vigiares, virei como ladrão, e não conhecerás de modo algum em que hora virei contra ti.
Tens, contudo, em Sardes, umas poucas pessoas que não contaminaram as suas vestiduras, e andarão de branco junto comigo, porque são dignas.
Com tristeza vemos sardes receber repreensões severas, até foi considerada como, morta. É o período que a grande tribulação chegara ao fim. Foi pela reforma que conseguiram se libertar da perseguição. Porém, não souberam reconhecer a sua liberdade para estudar livremente a bíblia sagrada, que foi disseminada pela imprensa de Gutenberg.
Muitos religiosos que se diziam cristãos se vingaram dos católicos, para dar-lhes o troco pelos anos de sofrimento. Agora com a bíblia na mão, não se interessaram estudá-la.
Continuaram na pratica das mesmas doutrinas que receberam pela igreja opressora. Deus os repreendeu por isso. Foi o tempo em que muitos cristãos emigraram para a América, Cada grupo de religiosos seguiu seu líder Se tornaram as igrejas tradicionais que hoje existem.
Não devemos nos esquecer que, os líderes das igrejas nasceram e conviveram a maior parte de suas vidas com as doutrinas falsas. E se dedicaram a denunciar somente aquelas que lhes despertou a atenção.
Pedro diz que a palavra de Deus é como uma luz que alumia até ser dia perfeito. Isto quer dizer que os reformadores não receberam toda a verdade de uma só vez. Para cada tempo, Deus traz mais luz sobre a escritura sagrada. Daí vem o conselho; que aceitassem a luz da verdade que agora irradia com mais brilho do que naquele tempo.

O período da sexta igreja traz o nome de Filadélfia. De 1833ª 1844.
Que significa amor fraternal. É a igreja que proclama o inicio da hora do Juízo.
Apoc.3: 7 em diante. V,8 Conheço as tuas obras, eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém pode fechar—que tens pouca força, entretanto, guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome. Eu farei que, os que são da sinagoga de Satanás, desses que a si mesmos se declaram judeus e não são, mas mentem, eis que os farei vir e prostrar-se aos teus pés e conhecer que eu te amei. Porque guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra.
Venho sem demora. Conserva o que tens, para que ninguém tome a tua coroa etc.
Filadélfia é o estado da igreja no tempo em que começa o juízo de Deus.
Temos a certeza de um juízo porque Paulo disse em. Atos 17:31. Porquanto tem determinado um dia em que, com justiça há de julgar o mundo, por meio do varão que destinou; e disso deu certeza a todos. Ressuscitando-o dos mortos.
A porta aberta que o anjo se refere, é o lugar do julgamento. Daniel 7:9-10 diz; Eu continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e um ancião de dias se assentou....Milhares e milhares O serviam, e milhões de milhões estavam diante Dele; assentou-se o juízo, e abriram- se os livros.
O inicio do juízo no céu teve grande repercussão aqui na terra, com a proclamação da mensagem de advertência. Surgiu um grande movimento religioso entre todas as igrejas que anunciaram a breve volta de Jesus. Por isso o período dessa igreja recebeu o nome de Filadélfia que significa; amor fraternal, porque todos só falavam da Sua vinda.
Jesus faria os falsos se achegarem aos pés dos santos. Cumpriu-se, porque muitos padres católicos creram e participaram desse movimento da pregação sobre a volta de Jesus.
V.10 diz, Porque guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação, que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra.
Esta provação aconteceu porque todos cristãos esperavam a volta de Jesus no fim do tempo da grande profecia dos 2300 anos, profetizado por Daniel 8:14, diz, Ele me disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs e o santuário será purificado. Tarde e manha equivale um dia. Um dia, em profecias equivale a um ano, portanto, 2300 dias perfazem 2300 anos. No verso 17 ultima parte, afirma que a visão se refere ao tempo do fim. Mas, no termino desse tempo Jesus não veio. Foi uma grande decepção. E uma provação para os cristãos. Esse mistério foi revelado no período da sétima igreja,

O sétimo período é Laodicéia, que vai desde 1844 até a volta de Jesus.
Apoc.3:15 em diante; Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera que fosses frio ou quente. Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca; pois dizes; Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim. Miserável, pobre, cego e nu.
Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas.
Eu repreendo e disciplino á tantos, quantos, amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te. Eis que estou a porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele comigo.etc.
Jesus repreendeu severamente o ultimo estado da igreja de Deus, porque, possui muita luz pelas profecias, Daniel 12: 9e10 diz. Ele respondeu: Vai, Daniel, porque estas palavras estão encerradas e seladas até ao tempo do fim. Muitos serão purificados, embranquecidos e provados, mas, os perversos procederão perversamente, e nenhum deles entenderá, mas, os sábios entenderão.
A decepção do período de Filadélfia; Levou milhões de crentes nominais a abandonarem a fé. Os que restaram se prostraram de joelhos e pediram mais luz sobre o significado da purificação do Santuário da profecia dos 2300 anos. Somente os santos do período de Laodicéia encontraram a resposta no apocalipse 10: 5 em diante, diz. Então o anjo que vi em pé sobre o mar e sobre a terra levantou a mão direita para o céu. E jurou por aquele que vive pelos séculos dos séculos, o mesmo que criou o céu e a terra, mar e tudo quanto neles existe; Já não haverá demora, mas, nos dias da voz do sétimo anjo, quando ele estiver para tocar a trombeta, cumprir-se-á, então o mistério de Deus, segundo ele anunciou aos seus servos, os profetas.
João recebeu a mensagem a respeito do mistério da decepção da igreja de Filadélfia.
A voz que ouvi, vinda do céu, estava de novo falando comigo e dizendo: Vai e toma o livro que se acha aberto na mão do anjo em pé sobre o mar e sobre a terra. Fui, pois, ao anjo, dizendo-lhe que me desse o livrinho. Ele então me falou, toma-o e devora-o, certamente ele será amargo ao teu estomago, mas, na tua boca como mel.
Tomei o livrinho da mão do anjo e o devorei, e, na minha boca, era doce como mel; quando o comi, o meu estomago ficou amargo. Então me disseram: É necessário que ainda profetizes a respeito de muitos povos, nações, línguas e reis.
Aqui explica a primeira parte do mistério. O livrinho era o livro de Daniel. A ordem de comer o livro certamente foi o estudo desse livro. A doçura na boca foi a esperança da volta de Jesus, segundo a interpretação da profecia. Depois de passar o tempo marcado dos 2300 anos, por Guilherme Miler, ( Pregador Batista) no ventre tornou-se uma decepção amarga.
Essa interpretação errada da volta de Jesus para 1844. Foi plano de Deus. Para separar os falsos crentes que abraçaram essa mensagem somente para escaparem do juízo de Deus. Logo que passou o tempo, e, nada aconteceu; A maioria voltou para o mundo, e ainda zombando dos crentes que continuaram firmes em Cristo. Permaneceram firmes na fé apenas aqueles que sinceramente esperavam o Salvador. Estes são os cristãos do sétimo estado da igreja. Laodicéia. Que recebeu a luz sobre o mistério o qual a Filadélfia não entendeu. Eles foram comissionados para pregar a ultima mensagem a todo o mundo. É a mensagem da volta de Jesus, mas sem data para a vinda.
No capitulo 11:19 explica o que aconteceu exatamente no final dos 2300anos. Abriu-se então, o santuário de Deus, que se acha no céu, e foi vista a arca da aliança no seu santuário, etc. O verso 8:14 de Daniel que já lemos, dizia: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs e o santuário será purificado. Os estudiosos que viviam desde o tempo de Daniel até o tempo do fim pensaram que o santuário ao qual Daniel se referiu seria a purificação da terra, e seria com volta de Jesus. Vemos claramente que, a porta aberta que foi profetizada na igreja de Filadélfia, foi a porta do santuário do céu e não da terra.
Em 1844 começou no santuário do céu o julgamento de todos os povos. Primeiramente dos mortos, depois será o julgamento dos vivos. É um momento solene que vivemos e a igreja de Deus vive despreocupado com o fim de todas as coisas, que logo vai acontecer.
Os cristãos modernos se vangloriam de ser crente, estão envaidecidos sem se preocuparem com o futuro. Há um ponto muito importante no verso 11:19 que acabamos de ler. Ali diz que a arca da aliança foi vista no santuário. A arca do concerto contém as duas tabuas dos dez mandamentos da lei de Deus. Isto significa que, a base, ou o processo, será pela lei dos dez mandamentos ali contidos. São poucos cristãos que ainda valorizam a lei de Deus. Porque a maioria das igrejas ensina que a lei foi abolida, e não precisamos mais dela. Por isso o anjo disse que essa igreja estava ao ponto de ser vomitada da boca de Deus. Mas, aconselha que voltem as verdades bíblicas para participar da vida eterna..
Nós vivemos no tempo do ultimo estagio da igreja de Deus. Logo o Senhor Jesus Cristo virá para levar aqueles que realmente se prepararam.

Que Deus estenda a Sua mão sobre todos, e nos dê a paz.

NÃO ESTAMOS DEBAIXO DA LEI, MAS DEBAIXO DA GRAÇA

Ernesto K Menslin

Entre as igrejas cristãs ha muita controversia sobre a lei e a graça que confunde muitos corações sinceros, mas a palavra de Deus não deixa ninguem no engano. É preciso entrar nela com um coração sincero e sem preconceito e tudo se esclarecerá.
A lei é o padrão divino entre o bem e o mal. Digamos; a espinha dorsal de tudo o que existe, não há nada que coloquemos a mão para fazer, que não haja uma diretriz para faze-lo. Exemplo;
Para construir um automóvel, antes de por a mão a massa, os engenheiros se debruçam dias e noites sobre a mesa, para traçar o desenho do carro, cuidando de todos os detalhes para nada sair errado, essas, são leis básicas a serem obedecidas.
Imaginem, se os engenheiros se esquecessem do tanque do combustível, será que o motor do carro irá funcionar?
O mesmo se dá com o ser humano. Deus planejou o homem á sua semelhança. Ele o criou perfeito, assim como é perfeito o automóvel no patamar humano.
Eles não se esqueceram da direção, para o carro não sair da rota desejada. Nem o pedal do freio, para faze-lo parar quando é preciso. Deus estabeleceu a lei moral dos dez mandamentos para direcionar o homem no caminho certo.
O homem nem sempre obedece, e continua na velocidade desenfreada, porque não quer se sujeitar as leis do seu Criador divino. Quando esbarramos nas conseqüências do pecado, ficamos moralmente e muitas das vezes, fisicamente machucados.
Quando acontece uma trombada com o carro, os homens o jogam no ferro velho.
Com Deus é diferente, Ele estende-nos a graça porque nos ama, Ele vem curar as feridas. Em Mat; 1;21 diz que o nome Dele será Jesus, porque salvará os homens dos pecados deles. Em 1 João 2;1. diz; Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis, mas. Se, todavia, alguém pecar, temos um advogado junto ao Pai, Jesus Cristo o justo.
Agora surge a pergunta? O que é graça? Graça é um dom imerecido, é o manto de justiça com o qual Jesus nos cobre mesmo nós sendo ainda pecadores.
O verso acima poderia ser traduzido da seguinte maneira. Filhinhos meus, eu vos escrevo, que procurem fazer o possível de não transgredir os mandamentos de Deus, para não sofrer as conseqüências que o pecado acarreta. Porque sofrer, se podes evitar a dor?
Jesus está pronto para te ajudar, Ele veio para te salvar dos teus pecados e te livrar da condenação final do dia do juízo, também quer te ensinar a caminhar pelo caminho do bem, para um viver mais feliz aqui na terra.
Em I João 3; 2 a 6. diz; Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não é manifesto o que havemos de ser; Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque haveremos de vê-lo como Ele é. Todo aquele que tem essa esperança, se purifica a si mesmo assim como ele é puro.
Esta passagem já ascende uma luz no fundo do túnel para o pecador. Algum dia poderemos morar com Jesus, porém, nos adverte, aquele que tem essa esperança procure se purificar.
O que é ser puro? Pureza é perfeição de caráter. Em Tiago 1;4 diz; Tenha porém, a paciência á sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, sem faltar em coisa alguma.
Tiago nos exorta, que procuremos crescer na caminhada cristã, e fazer a nossa parte. A graça é concedida somente aos que tem interesse de cooperar com Jesus, procurando sempre se aperfeiçoar no caminho da santificação Em I João 3; 4 continua. Todo aquele que pratica o pecado, também transgride a lei, porque o pecado é a transgressão da lei.
O pecado não deixa de ser pecado simplesmente porque Jesus nos oferece o perdão. Ele nos perdoa quando nos arrependemos do pecado e o abandonamos. V.5. Sabeis também que ele se manifestou para tirar os pecados, e nele não existe pecado. Todo aquele que permanece nele não vive pecando; todo aquele que vive pecando não o viu, nem o conheceu. v.7 diz; Filhinhos, não vos deixeis enganar por ninguém; aquele que pratica a justiça é justo, assim como ele é justo.
Esse verso esclarece bem a vida do cristão em relação ao pecado. A passagem começa nos chamando de filhos, que procuremos ser semelhante a ele, puro. Que façamos o possível para não transgredir a lei, porque transgressão é pecado.
No outro verso nos da esperança, ele está pronto para nos ajudar. Jesus não veio para tirar a lei. Esta, sempre nos acompanha e nos orienta para saber separar o certo do errado, mas veio, para nos perdoar os pecados, que casualmente cometemos, digo, casualmente, porque no verso seguinte diz; todo aquele que permanece nele, não vive pecando. Não viver pecando quer dizer que o pecado não deve fazer parte da nossa vida cotidiana, porém, sem vontade nossa um dia pode acontecer que cometemos uma transgressão. Então Jesus estende-nos a sua graça para nos ajudar a vencer o pecado.
A graça não é só o perdão, é força, é poder ajudando-nos a vencer as nossas fraquezas, e nos tornar mais do que vencedores. A graça de Cristo não anula nem rebaixa a lei para nós vencer, mas nos ergue até bem perto da perfeição divina.
Essa graça é estendida á todos, mas só se beneficia dela os que vivem em Cristo, para aqueles que buscam o seu perdão.
Em Heb. 10; 26 em diante Paulo nos adverte, dizendo; Porque se vivermos deliberadamente em pecado, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados, pelo contrario, certa expectação horrível de juízo e fogo vingador prestes a consumir os adversários.
Sem misericórdia morre pelo depoimento de duas ou três testemunhas quem tiver rejeitado a lei de Moisés. De quanto maior castigo julgais vós, será digno aquele que calcou aos pés o filho de Deus, e profanou o sangue da aliança com o qual foi santificado e ultrajou o Espírito da graça?
Paulo deixa claro que a lei permanece, e todo aquele que transgredir voluntariamente, isto é, ter prazer de pecar, não fazendo caso dos conselhos de Jesus nem tomando em consideração a misericordiosa graça oferecida aos que desejam ser salvos. Serão finalmente destruídos mesmo contra a vontade de Deus, porque Ele não tem prazer na morte do ímpio, mas não há outra alternativa, os ímpios não querem ser salvos, porque rejeitam todos os conselhos de Deus, não terão o perdão pela graça de Jesus. Calcando aos pés o filho de Deus, é profanar o sangue da aliança. Para esses, Cristo morreu debalde.
Quando alguém entra em aliança ou num pacto com Jesus, deve haver um compromisso mutuo. Jesus nos oferece a graça de graça, mas, o pecador por sua vez, deve fazer por onde para merecer essa graça. Ele esclareceu bem a relação entre a lei e a graça quando disse a mulher adultera; Eu também não te condeno, vai e não peques mais.
Os pecados por ela confessados foram todos apagados pelo sangue de Jesus, mas ela não devia continuar pecando. Ela conseguiu essa vitória depois que se aproximou de Jesus, e fez Dele um amigo de todos os dias. O mesmo deve acontecer conosco. Somente quando seguramos firmes com a nossa mão na mão de Jesus, é que flui a graça de Cristo sobre nós.
Concluindo; Quem obedece a lei não está debaixo dela, mas acima porque ela não nos condena. A justiça terrena não condena os que obedecem a lei, mas sim os transgressores, portanto, aqueles que se consideram mestres da palavra de Deus e acusam os que guardam os mandamentos de Deus como estando debaixo da lei se decepcionarão quando Jesus voltar, porque os falsos ensinadores estào debaixo da lei visto Jesus estender o seu braço de misericórdia somente para o pecador arrependido e o ajuda para não cair outra vez na transgressão da lei.

PELOS CAMINHOS DO HOMEM

Ernesto k. Menslin

Jesus ia chegando, vendo a cidade, chorou sobre ela, dizendo; Ah! Se tu conhecesses também, ao menos neste teu dia o que a tua paz pertence! Mas agora isto está encoberto aos teus olhos. Porque dias virão sobre ti! Em que os teus inimigos te cercarão de trincheiras, e te sitiarão, e te estreitarão de todas as bandas; E te derribarão, a ti e a teus filhos que dentro de ti estiverem; e não deixarão pedra sobre pedra, pois não conheceste o dia da tua visitação.
Isto aconteceu na ultima caminhada de Jesus com seus discípulos a Jerusalém. Era tempo de festa. A cidade já fervilhava de peregrinos que se anteciparam para conseguirem os melhores lugares perto da cidade, para armarem as suas tendas.
De todos os lugares vinham os romeiros, as crianças e os mais idosos vinham em carroças e sobre dromedários, os que podiam andar vinham a pé. Caminhadas durante semanas por centenas de quilômetros de distancia.
Jesus saiu da Galiléia, no principio procurou se ocultar, seguiu por outro caminho mais distante, para não ser abordado a todo instante por transeuntes que iam na mesma direção, Ele não queria chamar a atenção para si durante a caminhada, preferiu deixar seus sermões finais para todos ouvirem em Jerusalém. Mas, a medida que se aproximou de Jerusalém a multidão de peregrinos foi se avolumando vindo de todas as partes.
No alto do monte, perto de Jerusalém outra multidão já o esperava ansiosamente. Quando chegou no topo do monte das oliveiras, viu a distancia uma cena deslumbrante. Ali estava a bela cidade, a querida Jerusalém, amada por Jesus.
Já em outras ocasiões ali estivera, mas esta vez foi diferente. Jerusalém estava toda ornamentada para a festa de oito dias como uma noiva que se apronta para o grande dia de núpcias. Fora dos muros da cidade havia milhares de tendas com seus ocupantes vindo de todas as regiões, não só de Judá como de Israel, também de países vizinhos. Todos vieram para a festa da páscoa.
Durante os três anos e meio Jesus pregou, e realizou milhares de milagres por todas as regiões por onde passou, inclusive foi para lugares fora dos limites de Israel, e muitos dos favorecidos pelas curas foram á festa para ter outro encontro com seu benfeitor.
Muitos outros que não o conheciam pessoalmente queriam conhece-lo. A noticia ia de boca em boca, dos milagres que realizara, e mensagens de paz e esperança que transmitiu. A pergunta geral era; será que Ele vem? Finalmente Jesus ali estava.
A multidão que o esperou regozijava-se, deram louvores a Deus em alta voz pelas maravilhas que tinham visto, diziam; Bendito o rei que vem em nome do Senhor.
Ao descerem o monte das oliveiras, o inesperado aconteceu! Repentinamente Jesus parou. Olhou a multidão toda alegre e despreocupadamente festejando, seu coração se comoveu porque sabia que a grande parte desta multidão não veio para se encontrar com o seu Deus. Eles estavam distantes da salvação. Humanamente era uma linda festa, mas não preenchia o objetivo da mesma.
A festa que devia aproximar o povo á Deus. Aquele que no passado os libertara da escravidão egípcia, tornou-se apenas uma festa rotineira e tradicional.
Os olhos de Jesus foram além da festa. Viu a alegria da multidão, sabia que dentro de mais alguns dias Ele, que no momento estava sendo aclamado como rei, os mesmos gritariam perante Pilatos! Crucifica-o, crucifica-o Ele sabia que apenas uma pequena minoria se converteria.
Jesus também viu para além dos seus dias, Sua visão alcançou para mais trinta e nove anos adiante, o ano setenta da nossa era. Em uma outra festa semelhante a esta, quando foram cercados pelo exercito romano, viu em espirito os dois anos que antecederam a terrível destruição de Jerusalém.
Viu os pais comerem seus próprios filhos para não morrerem de fome.
Os Judeus ainda se consideravam como favorecidos por Deus. Estavam longe de imaginar que Deus os haveria de rejeitar como nação santa. Quando contemplou a distancia o sofrimento do seu povo, Ele chorou sobre a cidade, a alegria despreocupada da multidão, naquele dia haveria de se converter em choro e ranger de dentes.
Infelizmente, este é o caminho da humanidade, todos querem seguir seu próprio destino, sentem-se donos de si. Todos sabem que há um Criador, e que lhe devemos submissão e obediência. Porém, o livre arbítrio que em nós opera, faz os homens sempre escolherem o mau caminho.
Semelhante festa como a de Jerusalém acontece todos os anos em muitas cidades de paises cristãos. O povo se reúne para festejar um determinado dia e acontece o mesmo que acontecia em Jerusalém.




Eu assisti por alguns anos na cidade de Inhumas (Goiás).Foi na década dos anos cinqüenta que morei naquela cidade. Era a festa do divino que comemoram ali. Uma semana antes eu presenciei o que nunca havia visto. Havia me mudado á uma chácara na estrada que saía para Damolândia e Petrolina. A estrada fazia conexão com todo o norte de Goiás, e Maranhão. Etc.
Certo dia ouvi ao longe um gemido de carro de Boi, aos poucos foi se aproximando, o choro aumentou, já não foi apenas um só carro, mas muitos. Eram grupos de oito a dez carros trazendo crianças e idosos que estavam cansados.
Junto com os carros em cada grupo acompanhavam entre quarenta a cinqüenta adultos a pé. Todos, com folhas de palmeiras nas mãos, folhas de buriti e bacuri, coqueiros da região, todos cantando cantoria sacra.
Após um grupo logo seguia outro. Os romeiros vinham de todas as regiões de Goiás e estados vizinhos. Eles acamparam nos pastos próximo da cidade, cedido por fazendeiros da região. A festa se arrastou por oito dias. Muitos trouxeram tendas, outros faziam suas cabanas com galhos de arvores cobriam-na com folhas de coqueiro.
Durante esses dias não havia condições de algum veiculo trafegar pelas ruas da cidade. Durante a festa eu matei minha curiosidade, fui ver como funciona o movimento. A primeira impressão foi como se estivesse no céu. Meus pensamentos se voltaram para Jerusalém, me senti como se fizesse parte daquelas festas do tempo de Jesus.
O tempo foi passando e pude sentir porque Jesus chorou sobre aquele povo festeiro, Ali acontecia o mesmo que deve ter acontecido naquelas festas em Jerusalém.
Todas as ruas foram ocupadas por barraqueiros para vender suas bijuterias, deixaram apenas um trilho bem estreito para o povo passar. Após a missa da noite, via-se somente orgia, o pecado em todos os cantos. O interesse dos festeiros não era um encontro com Deus. Era a festa da carne.
Certamente Jesus assistiu com tristeza a apostasia de Israel. Ele se preocupou com sua nação, mas também se preocupa muito com seus filhos em nossos dias, porque a libertinagem no fim dos tempos será em proporções muito maiores do que os de Jerusalém.
Em todos os tempos Deus tem enviado profetas e mensageiros para advertir o mundo das conseqüências que o pecado traz. Apesar da maldade do povo, Deus faz o possível para salva-los. Muitas advertências proféticas estão registradas em Sua palavra, sinais que antecederão ao grande e terrível dia do Senhor, que está prestes a acontecer. Nós esperamos a volta de Jesus, mas como a esperamos?(Atenhamo-nos apenas nos sinais que se relacionam com a vida espiritual) As festas que hoje se realizam são diferentes daquelas do passado?
Não me refiro a atitude do mundo, mas aos grandes movimentos de igrejas que se dizem cristãs. Nunca se ouviu falar tanto em religião como nos dias de hoje, mas sinceridade para servir a Deus quase não há. Sempre criam outras igrejas, com nomes tão sofisticados que os títulos não condizem com a igreja de Deus.
Em nome de Deus realizam schows que não difere em nada dos programas mundanos. A musica gospel, nem com capa de santidade ela se reveste, Os cantores cantam pulando e dançando para incitar seus espectadores a fim de participarem de suas loucuras. Os lideres religiosos promovem tais schows para conquistar as massas com um fim financeiro, os apelos que fazem, toca os corações de seus adeptos porque estes são feitos em nome de Deus e com promessas de serem abençoados, assim conseguem abrir os bolsos dos seus correligionários que doam volumosas quantias em ofertas.
Há religiões para todos os gostos, há os que prometem riquezas, fazem de Deus um toma lá e da cá. Prometem aos infelizes, que, quanto mais derem, receberão muitas vezes em dobro de volta. É como se Deus fosse dono de uma loteca. Quando não acontece o que prometeram, os lideres simplesmente lançam culpa sobre os infelizes de não possuírem fé suficiente para serem contemplados.
O forte de outras igrejas é curas milagrosas, que sempre prometem para todas as enfermidades. Há enfermidades psicológicas que são curadas com um pensamento positivo. E há enfermidades que o inimigo coloca no corpo de alguém para valorizar o poder de cura da igreja. Depois de invocar o nome de Deus eles dizem; Eu expulso etc. Atribuem o poder a si mesmos.
Por meios de comunicação da mídia anunciam o dia e hora de banquetes de milagres, como se Deus estivesse disponível o dia e hora quando eles bem querem. O Deus do céu tem poder para curar e expelir demônios e, Ele o faz, mas, quando o achar conveniente, e para glorificar o Seu próprio nome. Lemos no capitulo 11 do evangelho de João, de alguém que enviou uma mensagem a Jesus que se achava distante, para socorrer seu amigo Lazaro que se achava gravemente enfermo. Jesus sabia que ele ia morrer, mas não atendeu o pedido.
Depois de alguns dias Ele foi até a casa de Lázaro que já havia morrido. As irmãs de Lázaro disseram; Mestre; se tu estivesses aqui nosso irmão não teria morrido. Jesus foi até a sepultura com elas e ressuscitou a Lázaro. Fica a pergunta? Porque Ele não foi quando recebeu o pedido para que fosse cura-lo?
Marcar schows de milagres com semanas de antecedências não faz parte do plano de Deus. Mais outro ponto que devemos ponderar. Alguém já viu em alguma igreja milagreira, repor alguma perna, ou um braço de carne e ossos a alguém que antes vivia com perna mecânica? Até hoje ainda não. Normalmente aparecem enfermidades internas que ninguém pode contestar porque não estão expostas.
Alguns anos atrás aconteceu em igrejas diferentes e em várias cidades. Da noite para o dia apareceram na boca de alguns irmãos dessas igrejas alguns dentes de ouro. A própria liderança levou-os para serem analisados por alguns dentistas, que constataram; Um trabalho perfeito como esse, não foi feito por mãos humanas. Este milagre levou muitos crédulos para as ditas igrejas.
Um membro dessas igrejas me procurou para opinar sobre o milagre. No momento só pude dizer que não foi Deus quem realizou essa obra, porque Deus não precisa de metal para substituir um dente faltoso na boca dos contemplados.
Ele pode simplesmente criar uma terceira dentição e os dentes ficariam perfeitos e originais. Depois de algum tempo, (pelo menos dos que eu conheço) os dentes começaram a cair, o metal que diziam ser de origem divina virou uma lata enferrujada de cor de cobre. Hoje ninguém fala mais nesses dentes, é um milagre que procuram esquecer.
Em Mat. 7;21a 23 diz; Nem todo o que me diz Senhor, Senhor entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está no céu. Muitos me dirão naquele dia; Senhor, Senhor não profetizamos em teu nome? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente; nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade.
Em Provérbios 28;9 diz; O que desvia os ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável. Segundo as palavras do livro sagrado, concluímos que todos os milagres que acontecem por alguém que invoca o nome de Deus, mas, que não obedece aos seus mandamentos, são de um outro espírito.
Dias virão, e não demora muito que veremos Jesus vir nas nuvens do céu para buscar aqueles que acreditaram em Suas palavras, e se prepararam para este encontro.
Não nos deixemos enganar com milagres, que não aprovado por Deus, mas deixemos que Ele nos cure quando achar por bem faze-lo e da maneira como Ele quer e não vamos querer ensina-lo o que deve fazer. Vamos confiar e esperar nEle que sempre faz o melhor por seus filhos.

QUANDO SURGIU A LEI DE DEUS

Ernesto K. Menslin

Com poucas palavras a bíblia sagrada responde essa pergunta; A lei de Deus é eterna. Mas a resposta não seria completa se ela não respondesse a importância dessa lei. É necessário conhecer o objetivo para o qual Deus a criou.
Para fabricar um relógio é preciso que o fabricante tenha pleno conhecimento do mecanismo. Tudo deve ser preparado com exatidão, para exercer sua função as peças devem ser perfeitamente confeccionadas.
O mesmo acontece com o universo. Deus criou todo o sistema planetário que funciona como um relógio. Para que os planetas não saiam de sua órbita é preciso que obedeçam rigorosamente as leis do universo, sem elas os mundos se chocariam e todo o mecanismo com sua complexidade, se tornaria um caos.
O mesmo acontece com o sistema de vida que Deus criou nos planetas e também no céu. Todos foram criados dentro de um sincronismo das leis existentes.
Os anjos no céu, bem como os humanos na terra foram criados no sistema do livre arbítrio.
A própria criatura coordena a sua vontade de ir e vir como lhe convêm. Contudo, essa lei da livre escolha está sujeita a um outro principio básico que é uma lei soberana alheia a nossa vontade.
Eu tenho a plena liberdade de agir contanto que eu fique nos parâmetros dessa outra lei. Eu não posso fazer tudo o que eu quero, preciso respeitar outra lei que é a do próximo. Meus direitos terminam onde começam os direitos alheios.
Toda a conjuntura de leis que governam, desde o átomo, até o maior dos mundos, se sujeitam a uma lei máxima, que é a lei do Criador do universo, que nós denominamos de “lei de Deus”
A primeira transgressão dessa lei máxima, ou superior de Deus aconteceu no próprio céu. Satanás, outrora chamado Lúcifer, um anjo criado por Deus com grandes poderes e de muita glória desafiou as leis existentes.
Em Ezeq. 28; 12 a 14 lemos; Assim diz o Senhor Jeová; Tu és o aferidor da medida, cheio de sabedoria e perfeito em formosura. Estavas no Èden! Jardim de Deus. Toda pedra preciosa era a tua cobertura. A obra dos teus tambores, e dos teus pífaros estava em ti; no dia em que foste criado foram preparados.
Tu eras Querubim ungido para proteger, e te estabeleci; no meio das pedras afogueadas andavas.
Lúcifer foi criado como aferidor de medida, um orientador e conselheiro dos anjos no céu. Sua posição elevada pelo alto posto que exercia, o fez encher seu coração de orgulho e vaidade, considerando-se um deus, exaltou-se, queria ser igual ao seu Criador (Deus).
Isaías 14; 13 e 14 apresenta os planos de Lúcifer.
E tu dizias no teu coração; Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei da banda dos lados do norte. Subirei acima das mais altas nuvens, e serei semelhante ao altíssimo.
A primeira transgressão da lei contra seu Criador foi de Lúcifer. E Deus chama a transgressão de pecado.
O orgulho do Querubim, belo e poderoso com era, acima de qualquer outra criatura existente, o levou ao segundo pecado, que foi a cobiça, cobiçou ser igual ao altíssimo.
Em Prov 16; 18 diz; A soberba precede a ruína, e a altivez de espírito precede a queda. Lúcifer não só ficou no desejo de ser igual a Deus, mas levou avante seus planos. Procurou seduzir os Anjos para se aliarem nessa campanha.
No Apoc. 12; 7 a 9 diz; Houve peleja no céu. Miguel (Cristo) e os seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o dragão e seus anjos; todavia, não prevaleceram, nem mais se achou no céu o lugar deles. E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para terra, e, com ele, os seus anjos.
Ele conseguiu conquistar a confiança da terça parte dos anjos que foram juntamente expulsos do céu. Porque foram expulsos? Porque pecaram. Em I João 3;4 diz; Todo aquele que pratica pecado transgride também a lei, porque o pecado é transgressão da lei.
O precursor do pecado foi Lúcifer, que, a partir das transgressões tornou-se o diabo, e todos os pecadores, tanto os anjos caídos, como os seres humanos que vivem em pecado são seus súditos. I João 3;8 diz: Quem comete pecado é do diabo, porque o diabo peca desde o principio. Portanto o pecado se originou no céu.
Deus estabeleceu sua lei segundo o sistema de vida em cada planeta. Há pecados que são cometidos por humanos que não existem no céu. O sétimo mandamento da lei de Deus para os homens diz: Não adulterarás, este não é aplicado no céu, porque os anjos não têm sexo. Mateus 22:30.
A lei de todo o universo se alicerça sobre a justiça e o amor, que é a natureza do próprio Deus. Quando Ele criou o nosso mundo, estabeleceu-o amparado por sua lei, a obediência por amor. Ele fez um pacto com Adão baseado nessa lei. Entregou toda a administração terrestre nas mãos dele, com apenas uma ressalva, Adão devia obedece-lo por amor recíproco.
Como prova desse pacto de fidelidade, Deus plantou no meio do jardim uma arvore chamada arvore da ciência do bem e do mal, na qual Adão, como sinal de obediência não deveria tocar. A obediência é a síntese da lei de Deus.
A lei moral forma um conjunto de dez mandamentos. No principio da criação deste mundo ela não foi especificada, mas já existia, porque onde não há lei, também não há transgressão.
Lúcifer foi expulso do céu porque transgrediu as leis do céu. Adão pecou quando transgrediu aqui na terra a lei da aliança. Ao tocar a mão no fruto da arvore proibida (que foi a árvore da ciência do bem e do mal) ele foi penalizado.
O primeiro filho de Adão, foi Caím, Também sofreu as conseqüências da lei, porque matou a seu irmão Abel. Ele transgrediu o sexto mandamento da lei de Deus, que diz: Não matarás. Portanto, essa lei, mesmo que ela não tivesse sido anunciada, ela já se achava em vigor, do contrario Caim não poderia ser considerado um assassino.
A lei não se achava explicita, como a conhecemos hoje. Não nos esqueçamos que o primeiro milênio após a criação a vida transcorreu com seus altos e baixos sem escrita. Aproximadamente dois mil e quinhentos anos depois da criação, Deus inspirou á Moisés que registrou a origem da terra em pergaminhos, Mas os dez mandamentos foram primeiramente escritos pelo dedo do próprio Deus em duas tabuas de pedra e deu - as a Moisés. E Moisés copiou-os em um livro.
A historia não registra tudo o que aconteceu durante esse tempo porque Deus inspirou somente o necessário para nossa orientação. Porém, a omissão dos detalhes dos dez mandamentos antes de Moisés não desmerece a sua importância.
Os antidiluvianos viveram no período de sem-escrita, mas não viveram sem lei, eles receberam orientação divina através de seus mensageiros. O pai era o sacerdote da família, passando essa autoridade para seu descendente mais próximo, o filho primogênito.
Nos escritos de Moisés registra os atos dos homens de Deus. Como Enoc, que andou com Deus, e outros. Seu conhecimento da era passada foi por inspiração.
Deus destruiu os antidiluvianos por causa dos seus pecados, e se pecaram, foram transgressores da Sua lei. Por que sabiam o que era certo, mas preferiram o pecado, afastaram-se voluntariamente da lei de Deus.
Aproximadamente quinhentos anos antes de Moisés, viveu Abraão. Deus falou em Gen; 26; 5. Porquanto Abraão obedeceu a minha voz, e guardou o meu mandado, e os meus preceitos, os meus estatutos e as minhas leis etc. Deus o abençoou grandemente por isso.
Em Gen; 13; 13 retrata bem as cidades de Sodoma e Gomorra, que eram maus os homens de Sodoma e grandes pecadores contra o Senhor. Sabemos que os Sodomitas eram homossexuais, ( guey ) é a prostituição mais baixa e nojenta que um ser humano pode praticar, o pecado condenado pelo sétimo mandamento da lei de Deus.
As cidades com seus habitantes foram destruídas pelo fogo, porque sabiam que o homossexualismo era pecado, e continuaram pecando.
No tempo de Moisés os povos já haviam se espalhado sobre grande parte da terra. As nações eram rivais entre si e todos se divorciaram do Deus criador, cada nação possuía seus deuses próprios.
O Deus Jeová escolhera os hebreus que viveram por quatrocentos anos em cativeiro no Egito, eram descendentes diretos de Abraão. São os filhos da promessa, não porque fossem melhores do que os outros, mas, Deus prometera a Abraão, de cuja descendência viria o salvador prometido.
Moisés foi chamado para liderar a saída desse povo do Egito. Ele sempre foi atento as ordens de Deus e muito submisso. Era um homem culto, sua instrução foi em faculdades Egípcias. Estava apto para escrever, nos diz a bíblia que Deus falou cara a cara com Moisés, dando a ele todas as instruções a fim de transformar um povo escravo, em uma grande nação.
O governo dessa nação foi Teocrático. Deus transmitia as ordens a Moisés, e ele ao povo. Exo.18;16 diz; Quando tens algum negocio vêm a mim, para que eu julgue entre um e outro, e eu declare os estatutos de Deus e as suas leis.
Isso aconteceu antes de receberem a lei dos dez mandamentos escrito pelo próprio dedo de Deus no Sinai. Portanto, ela já se achava em vigor. Na caminhada rumo a Canaã, antes de chegarem ao Sinai, o povo se sentiu ameaçado por falta de alimento, o que haviam trazido do Egito já chegara ao fim.
Então Moisés clamou a Deus. Ele enviou o maná, que era o pão do céu, que os alimentou. Deus deu ordens que colhessem cada dia o necessário para um só dia, mas na sexta feira deviam colher em dobro, porque no sábado não o encontrariam no campo.
Antes de receberem a lei no monte Sinai, o povo já conhecia a lei do santo sábado, porque não contestaram, apenas alguns poucos rebeldes foram no sábado a procura do alimento, mas não encontraram o maná. Em Exo. 16; 23 a 26, diz, E ele disse-lhes; Isto é que o Senhor tem dito; Amanhã é repouso, o santo sábado do Senhor. Seis dias colhereis, mas, o sétimo dia é o sábado; nele não haverá.
Esse maná os alimentou durante quarenta anos no deserto, mas nos sábados não havia maná a ser colhido.
Eles foram caminhando pelo deserto, quando chegaram ao pé do monte Sinai o povo teve um encontro com Deus.
No capitulo 19 de Êxodo relata os acontecimentos no monte Sinai. Deus proclamou entre raios e trovões a sua lei, mandando Moisés subir ao monte para buscar as duas tabuas de pedra nas quais o próprio Deus escrevera com seu dedo a Sua lei, subdividindo-as em dez. No capitulo 20 de Exodo temos o relato.
Moisés permaneceu por 40 dias no topo do monte com Deus, recebeu Dele todas as instruções para organizar a jovem nação, bem como estabelecer o sistema religioso entre eles. A recém organizada nação, cujo líder foi o próprio Moisés, peregrinou por quarenta anos pelo deserto, seguindo estritamente as ordens de Deus.
Os dez mandamentos sempre foram uma carta de princípios morais pela qual todos deviam pautar a sua conduta, e todas as leis civis que estabeleceram posteriormente, eram baseados nos dez mandamentos. A maioria das nações de nossos dias baseou seu código civil nessa lei.
Nos dias de Jesus, os judeus tinham o pleno conhecimento da vontade de Deus, mas não obedeciam como deviam, por isso Paulo diz em Rom; 2;17 e 18, Eis que tu tens por sobre nome judeu, e repousas na lei, e te glorias em Deus; e sabes a Sua vontade, sendo instruído na lei.
Eram conhecedores, mas não obedientes. Jesus restabeleceu o verdadeiro sentido da lei, sendo Ele acusado pelos próprios judeus de transgredir a lei, mas, Ele disse em Mat.5;17a 19, Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim ab-rogar, mas cumprir, Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um j, ou um til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido.
Aquele, pois que violar um destes mandamentos posto que dos menores, e assim ensinar aos homens, será considerado mínimo no reino dos céus; aquele; porém, que os cumprir, e ensinar, esse será considerado grande no reino dos céus.
Em Mat.19;17relata um encontro de Jesus com um jovem rico, que o perguntou; que devo fazer para herdar a vida eterna? Jesus lhe respondeu; Se queres entrar na vida, guarda os mandamentos. O jovem não se deu por satisfeito e perguntou; quais? Jesus respondeu;
Não matarás, não cometerás adultério, não furtarás, não dirás falso testemunho, honra o teu pai e tua mãe, e amarás o teu próximo como a ti mesmo. Jesus não mencionou todos os dez, mas o suficiente para sabermos á qual lei, Ele se referia.
O apostolo Paulo sempre foi um zeloso defensor da lei de Deus. Ele repreendeu severamente os judeus porque se diziam guardadores da lei, mas não viviam como pregavam. Em Rom. 2;11 a 13 diz: Porque, para com Deus não há acepção de pessoas. Assim, pois, todos os que pecaram sem lei, sem lei perecerão; e todos os que com lei pecaram mediante a lei serão julgados. Porque, os simples ouvidores da lei não são justos perante Deus, mas os que praticam a lei hão de ser justificados.
No capitulo 3, do mesmo livro de romanos, ele fala sobre a importância da justificação pela fé em Cristo para a salvação, e, ao finalizar seu argumento ele afirma que a lei é indispensável á vida do cristão. Se cremos na salvação então obedecemos. Afirma Rom.3;31 Anulamos a lei pela fé? De maneira nenhuma, antes estabelecemos a lei.
A lei é como um termômetro, que avalia o amor e consideração que temos por Jesus, se formos transgressores dela, não seremos dignos da graça de Cristo. Portanto, a salvação é unicamente pela graça, mas nós somos livres para escolher, se queremos ser salvos ou não.
Em Apoc. 14:12 lemos a profecia sobre a igreja de Deus nos dias finais, que se cumprirá pouco antes de Jesus voltar. Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus. Os filhos sinceros de Deus serão reconhecido pela perseverança em guardar os mandamentos de Deus.
Em Apoc. 12;17 fala das conseqüências que os sinceros por sua fidelidade em obedecer irão sofrer. E o dragão (Satanás) irou-se contra a mulher, (igreja) e foi fazer guerra ao resto da sua semente ( a ultima geração), os que guardam os mandamentos de Deus; e tem o testemunho de Jesus Cristo.
A ultima geração dos obedientes a Deus sofrerá perseguições por causa da sua fidelidade a Deus, mas vale a pena.
A graça de Deus anda de mãos dadas com a sua santa lei para levantar o pecador. Para finalizar repetimos; feliz daquele que se orienta pela eterna lei de Deus.

O PACTO DE DEUS COM O HOMEM

Ernesto K. Menslin

Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a Minha voz e guardardes a minha aliança, então sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é minha Exo. 19; 5.
Ao terceiro mês após a saída do povo de Israel da terra do Egito, vieram ao deserto do Sinai, e acamparam. Ali Moisés teve um encontro com Deus, que o chamou até Ele. Propôs a Moisés e a todo o povo de Israel a uma aliança com Eles. O verso 6; Deus diz; E vós me sereis um povo sacerdotal, e o povo santo. Estas são as palavras que falareis aos filhos de Israel. No verso 8 diz; Então todo o povo respondeu a uma só voz, e disseram; Tudo que o Senhor tem falado; faremos.
O que é uma aliança? É um concerto, ou um tratado, ou contrato entre duas pessoas ou mais, em que duas partes entram em um acordo com base de juramento, ou assinatura sobre um documento contratual etc. A primeira aliança não foi mencionada na bíblia como aliança. Mas houve um pacto entre Deus e Adão, com promessas mutuas.
Bem no principio da Criação, Deus constituiu a Adão administrador absoluto deste mundo, contanto que ele cumprisse o tratado. A clausula base deste pacto foi: Não tocar na arvore da ciência do bem e do mal que se achava plantada no jardim do Éden. Adão quebrou o pacto porque desobedeceu, A base era a obediência.
Ele comeu do fruto da arvore da ciência do bem e do mal. A partir daí não podia mais falar de igual para igual com Deus. Ele perdeu a autoridade administrativa deste mundo.
Mais tarde Deus fez outra aliança(pacto) com Noé. Gen 6;18 diz; Contigo porém, estabelecerei a minha aliança; Entrarás na arca, tu e teus filhos, e tua mulher, e as mulheres de teus filhos.
Havia a parte que Noé devia cumprir. Devia construir a arca dentro de 120 anos, e durante esse tempo seria o mensageiro de Deus, devia transmitir a mensagem de advertência e de misericórdia ao povo daquela época. Tudo correu bem, porque as duas partes cumpriram o pacto.
Pela fidelidade com que Noé cumpriu a aliança, Deus estendeu as bênçãos também a seus filhos.
Até os nossos dias o símbolo da promessa de Deus com a humanidade permanece. Em Gen; 9;11 diz; E Eu estabeleço o meu concerto que não será mais destruída toda a terra pelas águas do dilúvio, e que não haverá mais dilúvio para destruir a terra. O verso 13 diz; O meu arco tenho posto nas nuvens, este será o sinal da aliança entre mim e a terra
Deus cumpriu a parte dele, mas os filhos de Noé e seus descendentes não foram muito longe, logo apostataram.
Deus também fez uma aliança com Abraão. Em Gen 17;2. Deus diz; Farei uma aliança entre mim e ti, e te multiplicarei extraordinariamente. Abraão cumpriu a parte dele, também seu filho Isac, e seu neto Jacó cumpriram o pacto. Porém as gerações seguintes se afastaram de Deus.
Depois de alguns séculos de escravidão Deus se apiedou dos descendentes de Jacó e os tirou da escravidão do Egito. O exodo foi liderado por Moisés.
Agora estavam no deserto do Sinai, diante do monte onde Deus convocou todo o povo para um encontro com eles.
Deus chamou Moisés para subir ao monte Sinai, e por quarenta dias estiveram juntos. Após todas as instruções verbais, Moisés recebeu das mãos de Deus as duas tabuas de pedra que continham os dez mandamentos, escritos pelo próprio dedo de Deus.
O povo já cansado de esperar todos esses dias por Moisés, eles desanimados, queriam escolher um outro líder que os levasse de volta ao Egito. Fizeram para si um bezerro de ouro e o adoraram segundo o costume egípcio.
Moisés ao descer do monte Sinai encontrou o povo em plena orgia idólatra. Depois de severas repreensões, e milhares dos mais revoltados foram mortos como castigo de Deus, o povo finalmente se acomodou. E entraram em uma aliança com Deus. Prometeram fazer tudo o que Ele mandasse. Demorou pouco, e logo se esqueceram das promessas que haviam feito.
Por séculos, Deus pleiteou com eles para assumirem a parte que lhes cabia no pacto. Deus prometera abençoa-los se tão somente cumprissem a promessa do pacto, mas, eles viviam continuamente no pecado.
Todo pacto se baseia sobre promessas e compromissos mutuos, portanto é condicional. Se ambos cumprirem, as duas partes se beneficiarão, do contrario deixa de vigorar.
Mais alguns séculos se passaram, e Deus prometeu através do profeta Jeremías um novo concerto. No livro de Jeremías 31; 11 em diante diz; Eis que vêem dias, diz o Senhor; em que farei um concerto novo com a casa de Israel e com a casa de Judá. Não conforme o concerto que fiz com seus pais, ao dia que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito. Porquanto, eles invalidaram o meu concerto, apesar de eu os haver desposado, diz o Senhor; Porei a minha lei no seu interior, e as escreverei no seu coração, e Eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo.
Esta foi uma aliança nova? Sim, e não. A aliança antiga foi juramentada sobre os dez mandamentos escrita em tábuas de pedra, agora esta mesma lei também serviu de base para o outro concerto. Somente não estaria mais sobre pedras. Deus prometeu escreve-las nas tábuas do coração. Isto significa; obedecer por amor.
A grande demonstração de amor foi primeiramente exercida por Deus. A salvação que fora prometida a Adão lá no Éden Gen 3:15. Jesus cumpriu; Veio na plenitude dos tempos trazer a oportunidade de salvação á todos os homens.. Ele morreu em lugar dos pecadores. Foi um sacrifício que ninguém pode pagar.
Em todas as alianças o povo prometia obedecer, mas não cumpriram. Sempre voltaram a pecar, e pecado é transgressão da lei que é á base da aliança.
Havia outro detalhe que desviava as atenções da aliança. Quando os Israelitas cumpriam as exigências do pacto eles se consideravam santos por suas próprias obras e não sentiam necessidade de um Salvador. Obedeciam a letra da lei pensando que por meio dela alcançariam a salvação. Contudo estavam longe de aceitar o espírito da mesma.
A interpretação errônea da lei os tornou radicais, exigiam o cumprimento das promessas da parte de Deus porque julgavam terem, eles cumprido a parte que lhes cabia fazer.
Há várias maneiras de obedecer. Uma é servir porque a lei obriga, é semelhante a um assalariado que executa seu trabalho, depois tem o direito do seu salário. A outra maneira é obedecer por prazer. Quando fazemos algo sem esperar retribuições.
Deus se alegra quando a obediência é voluntária. Ele não criou robôs nem maquinas, mas seres humanos que pensam e raciocinam, devem sentir em seus corações o muito que Deus já fez por eles.
A nova aliança Deus não fez somente com os judeus. Ela é extensiva a todos os povos que queiram entrar nesse pacto. Essa aliança vigora até hoje entre nós, e é bom que nos aprofundemos mais para conhece-la melhor. Teorias religiosas levam muitos crentes a uma fé equivocada.
Quando Deus entregou as duas tábuas com a lei a Moisés, Ele também mandou a ele que escrevesse leis complementares que deveriam nortear a execução da lei. Exemplo: Leviticos 20;10, diz; O homem que adulterar com a mulher de outro, havendo adulterado, com a mulher do próximo, certamente morrerá o adultero e a adultera. Esta é uma lei complementar, a lei em pedra só diz; não adulterarás. Mas não diz o que deverá acontecer ao pecador depois do pecado consumado.
Com a morte de Jesus, a nova aliança não libera o pecador á pecar, o pecado continua tão pecado quanto antes, apenas sua execução da pena não é mais de imediato como foi antes. Mas o pecado é registrado no livro do céu até o dia do juízo de Deus. Se o pecador se arrepender, ainda pode alcançar perdão, pode se refugiar na graça de Cristo. Se, porém, tornar a pecar, continua sendo pecador, tanto dos pecados atuais como também dos que já haviam sido perdoados.
Em Heb.10;26 diz; Porque se pecarmos voluntariamente depois de ter recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados. Mas uma certa expectação horrível de juízo, e ardor de fogo que há de devorar os adversários. Quebrantando alguém a lei de Moisés, morre sem misericórdia, só pela palavra de duas ou três testemunhas. De quanto maior castigo é merecedor aquele que pisar o filho de Deus e tem por profano e fizer agravo ao espírito da graça?
O que é pisar o filho de Deus? È pecar, pedir perdão, torna a pecar, pede outra vez por perdão, sem consideração pelo grande sacrifício que Jesus fez por nós.
Em Heb. 10;16 repete a promessa feita em Jeremías. Este é o concerto que farei depois daqueles dias, diz o Senhor. Porei as minhas leis em seu entendimento e acrescenta; E jamais me lembrarei dos seus pecados e das suas iniqüidades.
Quando os dez mandamentos estiverem em nosso coração e no entendimento, teremos prazer em obedece-los. Certamente; só conseguiremos obedecer pela graça de Cristo. Nossos pecados do passado estarão perdoados, e o concerto que Deus fez com o pecador continuará vigorando.
Em Isaías 49;15e16diz; Acaso pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecer dele, eu, todavia, não me esquecerei de ti. Eis que nas palmas das minhas mãos te gravei. Etc. Nessa passagem Deus expressa Sua fidelidade á aliança que fez com seu povo.
Jesus chama todos os dias através do Espírito Santo dizendo; Venham a Mim todos os que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei. Ele ama a todos, e quer que todos se salvem.
É bom repetir que nós por nossa própria força não conseguimos obedecer. Somente pela graça de Cristo que nos ajuda em nossas fraquezas que alcançaremos a vitória, mas devemos nos esforçar para continuar nessa aliança. Ele diz: Esforça-te que eu te ajudarei. Nossa obediência não nos dá o direito de reinvindicar a salvação, porque seria compra-la por nossos méritos, mas com nosso esforço que fazemos por amar a Jesus, é que Ele nos reveste com a Sua Graça e nos concede o perdão e nos garante a vida eterna.
Deus mantém a Sua palavra. Para poder fazer parte do povo sacerdotal precisamos assumir o compromisso que fizemos com Deus para que Ele também cumpra a Dele.
Em I Pedro 2:10 diz a todos que entram com Deus nesta aliança: Vós sim, que antes não éreis povo, mas agora sois povo de Deus, que não tínheis alcançado misericórdia, mas agora alcançastes misericórdia.

Pense nisto.

CRENÇAS NAS CURAS DIVINAS

Ernesto K. Menslin

É reconhecido por todos que a fé é uma força propulsora que ativa a vida, sem ela não haveria motivação para viver. Ergue os abatidos, consola os desesperados, fortalece os enfraquecidos e trás esperança aos aflitos. Mas é uma faca de dois gumes; Pela fé muitos conquistaram reinos, também em nome da fé muitos destruíram inocentes, pensando fazer um bem á sociedade ou a Deus.
Em pleno século vinte e um, ainda existem religiões que praticam os mais absurdos rituais com sacrifício até de seres humanos e outros tipos de adoração, pretendem aplacar a ira dos seus deuses.
Entre os cristãos também há diversidade de fé. Há doutrinas para todos os gostos. É só escolher o que quer na vida. Aprecias a musica moderna? Procure as igrejas que se esmeram na musica Gospel. Desejas enriquecer da noite para o dia? Então procure e encontrarás igrejas que prometem um enriquecimento rápido. Estás enfermo e desejas curar-te? Vá até a próxima esquina e encontrarás igrejas anunciando festivais de milagres.
Mas porque há tanta diversidade de caminhos que se torna um emaranhado de crenças? É porque temos uma grande variedade de promessas feitas pelo nosso redentor. Se há caminhos falsos, também há o caminho verdadeiro. É preciso estudar a palavra de Deus sem opiniões pré-concebidas e sem paixão, e ela nos ensinará o caminho certo.
Fomos criados perfeitos e para viver eternamente, mas a vida eterna foi, é, e sempre será condicional. Deus fez uma aliança com Adão. Nas condições deste pacto, Deus incluiu uma clausula, que foi a obediência. Adão foi criado com o propósito de ser o eterno administrador deste planeta, porém, deveria obedecer a orientação divina. A ordem foi; Não se alimentar e nem tocar no fruto da arvore da ciência do bem e do mal que Deus plantara bem no meio do jardim do éden. A abstinência deste fruto foi o símbolo de fidelidade, ou desobediência. Foi uma exigência muito simples, porque havia milhares de outros frutos para ele comer.
Adão desobedeceu, e logo sentiu as conseqüências. Seu corpo que antes era forte e robusto aos poucos foi definhando, sentiu o cansaço da labuta do dia a dia. Seus descendentes enfraqueceram sempre mais. As enfermidades em nossos dias tomam conta de todos os seres viventes, todos sentem na carne o efeito do pecado.
Deus em sua infinita misericórdia proveu meios para suavizar nosso sofrimento. Primeiramente orientou nossos primeiros pais, de como se alimentar para manter uma vida sadia.
Depois do pecado Deus não podia mais aparecer em forma visível aos homens porque a glória da presença os fulminaria imediatamente. Foi preciso adotar outros meios de comunicação. Escolheu entre os descendentes de Adão, como seus porta-vozes aqueles que tinham prazer de andar nos Seus caminhos, e O obedecessem. Estes foram inspirados pelo Espírito Santo como conselheiros e educadores entre o povo.
Os homens sempre foram revoltados, á medida que eles se multiplicaram, foram de mal a pior. Seus pensamentos e atos eram continuamente maus. Por isso o sofrimento e a dor sempre se fizeram presente. Deus não é o autor das enfermidades, nem do sofrimento ou dor de suas criaturas. Essas são as conseqüências do pecado.
Os que se distanciam de Deus não podem receber Suas bênçãos, nem a cura de suas enfermidades. Deus não pode socorrer os sofredores sem que eles clamem por ajuda, seria uma intromissão arbitraria da parte Dele na vida dos sofredores que escolheram o seu próprio destino através do livre arbítrio.
No mundo há duas forças ativas e cada uma lidera seu grupo. A força do bem que tem Deus como líder. E a força do mal cujo líder é Satanás. “O usurpador” Que, temporariamente se apoderou deste planeta. Foi por ocasião que ele enganou a Adão e Eva e os levou a pecar. Desde então ele reclama este mundo como sua possessão.
Mas há outros grupos que depositam sua esperança em deuses que não são Deus. Adoram pau e pedra e esperam deles a solução para os seus problemas. Há outro grupo que não se sujeita a nenhuma das duas forças existentes. São os ateus, estes se consideram donos de si mesmos e fazem o que bem lhes parecer. Crêem que a vida é só esta, aqui e agora, e quando ela chega ao fim, é o fim de tudo. Há um velho adágio que diz: Com estes nem o diabo pode. Eles aceitam o sofrimento como algo normal, tudo que acontece de bem ou de mal, são coisas que consideram parte da vida. Não acusam a nenhum poder por suas desventuras porque não crêem que existam poderes superiores, mas aceitam tudo como destino.
O primeiro grupo lança toda sua esperança em Deus e procura andar nos caminhos do bem. Deus, por sua vez, os cerca de todos os cuidados e bênçãos. Não quer dizer que eles vivem sempre felizes e despreocupados com a vida. Desde que o pecado surgiu, este mundo se tornou um vale de lagrimas, e todos são afetados pelo mal. Mas Deus os conforta em suas aflições, trazendo-lhes paz ao coração.
Nas enfermidades eles sentem a presença de seu Salvador. Na bíblia diz que Deus lhes afofa a cama para minimizar o sofrimento. Eles também não temem a morte porque sabem que ela é apenas um sono temporário. O justo descansa no sono da morte até o dia da volta de Jesus, em que acontecerá a maravilhosa ressurreição dos filhos de Deus. Enquanto vivem, eles põem tudo nas mãos do seu Criador. Crêem que podem ser curados de suas enfermidades. Fazem suas petições, mas oram que aconteça tudo segundo a vontade de Deus.
O verdadeiro cristão não faz exigências de seu Criador como se Ele fosse um empregado seu. Mesmo em meio á dor e sofrimento, se sentem felizes, porque as dores que ora enfrentam não podem ser comparadas com as bênçãos que lhes são prometidas e eles crêem nessas promessas.
Da parte de Deus sempre há uma resposta á nossas petições, nem sempre Ele atende como pedimos, ou o que desejamos. Se Ele achar que nossos pedidos não irão nos beneficiar, certamente não nos atenderá, mas nos dará outra benção sem ser aquilo que pedimos. Em outras ocasiões Ele diz; espera um pouco. Nos atenderá quando realmente precisamos de ajuda e dela fizermos uso. Muitas vezes os cristãos pedem e antes de Deus atender já se esqueceram do pedido que fizeram.
Deus é para nós um Pai compassivo que tem prazer em nos ajudar, mas não pode ir além do permitido pelo livre arbítrio que faz parte da nossa vida, porque seria uma imposição da parte Dele, e Satanás o acusaria como intruso que interfere na vida das pessoas sem que eles O tenham convidado.
O segundo grupo, que é liderado por Satanás é a grande maioria. Eles crêem que são beneficiados por Deus, e também se consideram como Seus filhos. Mas a diferença está na obediência, assim como Adão, são enganados pelo inimigo das suas almas.
Eles fazem quase tudo que um verdadeiro cristão deve fazer, mas se perdem nos detalhes, são as cousas mínimas que faz a diferença. Em Mat 7:16diz: Por seus frutos os conhecereis, porventura, colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos? Do verso 20 em diante diz: Portanto, pelos seus frutos os conhecereis. Nem todo o que me diz; Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus.
Muitos me dirão naquele dia; Senhor; Senhor, não profetizamos em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitas maravilhas? Então lhes direi abertamente; Nunca vos conheci; Apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade.
Esta passagem deve ser um alerta para os cristãos pensarem duas vezes, para não deixar de fazer exatamente o que Deus ordenou. Os milagres podem acontecer, mas isso não significa que sejam divinos. Jesus profetizou em Mateus 24 verso 4 em diante, que os sinceros fossem prudentes e que cuidassem para não serem enganados pelas falsas doutrinas que haveriam de ser proclamadas. Disse-lhes: Acautelai-vos que ninguém vos engane; Porque muitos virão em meu nome dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos etc.
No verso 10 em diante Jesus alerta principalmente aos que vivem no fim dos tempos, quando deveriam aumentar em muito os falsos cristos. Nesse tempo muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se aborrecerão. E surgirão muitos falsos profetas e enganarão a muitos. E por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos se esfriará. Mas aquele que perseverar até o fim será salvo.
A medida que o fim deste mundo se aproxima, presenciamos o cumprimento desta profecia. Há movimentos religiosos que fazem dos milagres verdadeiro comercio, até anunciam o dia e a hora em que será realizado o festival de milagres.
Em todas as igrejas há pessoas sinceras que fazem parte dos filhos de Deus, mas Jesus adverte que tenham cuidado para não serem enganados por falsos movimentos milagreiros.
Esses falsos ensinam que, tudo o que queremos, é só pedir e receberemos. Se Deus não atender as petições, os fieis precisam exigir Dele, e Ele tem a obrigação de fazer o que pedimos. Dizem que devemos pegar a Deus pela palavra, porque Ele prometeu cura-los de suas enfermidades e Ele é obrigado atender. Essa maneira de agir com Deus, é uma verdadeira afronta e ofensa á dignidade divina.
Deus tem prazer em curar seus filhos porque Ele os ama, mas não tem obrigação nenhuma de atender as ofensivas reivindicações dos lideres religiosos. Porque são os próprios homens que procuram os seus males. Os milagres acontecem? Sim. Nos versos acima que acabamos de ler, Jesus confirma essa verdade, mas Ele diz que, embora as curas e milagres fossem pedidos em Seu nome, nem sempre são realizados por Ele. A diferença está na obediência. Ele disse que não os conhecia porque praticavam a iniqüidade, (pecado).
É um outro poder usurpador que os realiza em nome de Jesus para enganar os menos esclarecidos, leva-os a um terreno encantado onde ficam a mercê de seu conquistador, assim como Adão e Eva se tornaram escravos de Satanás no jardim do Éden. Do mesmo modo os milagres são realizados sem a participação de Deus.
Tempos atrás eu assisti pela T V. a um programa apresentado por um líder de uma grande organização religiosa que me deixou perplexo. Ele disse publicamente, que há muitos milagres que são realizados pelo poder de demônios, e explicou como acontecem esses fenômenos. Dizendo: Os demônios são espíritos que se podem transformar em qualquer coisa. Quando querem conquistar alguém para seu lado, eles podem se transformar em algum corpo estranho e penetrar no corpo físico deste individuo e criar alguma enfermidade.
Quando o medico é consultado, ele não encontra enfermidade nenhuma no paciente, mas este sente dores que o próprio demônio provoca.
O paciente procura outros recursos, tudo em vão. Todos médicos são unânimes em afirmar; sua enfermidade é misteriosa. Não conseguimos achar nada de anormal em seu corpo que possa provocar essa dor.
Segundo o apresentador; Outros espíritos que fazem parte deste mesmo grupo se servem de alguém que os espíritos chamam de laranja, ou mula. E o enviam para um encontro acidental com o paciente enfermo. Convidam-no á participar de suas reuniões.
Quando o líder invoca o seu poder de cura o demônio provocador da enfermidade simplesmente sai, e o milagre acontece. (Foram palavras de um exorcista que atua nesta área.)
Os falsos milagres são tão parecidos dos verdadeiros que os próprios cristãos sinceros se confundem. Há alguns anos atrás eu vivenciei um milagre que levou muitos sinceros acreditarem que ele fosse realizado pelo poder de Deus. Porque o milagre estava ali e ninguém podia contestar.
Em várias denominações de várias cidades ao mesmo tempo aconteceu o milagre dos dentes postiços(de ouro). Certa noite aconteceu em igrejas que se dizem cristãs, os irmãos se reuniram clamando a Deus por algum milagre.
Havia entre eles alguns irmãos que já lhes faltavam alguns dentes na boca e por surpresa, ao amanhecer levantaram com a dentadura completa, no lugar dos que faltavam estavam belos dentes de ouro. Segundo dito por eles mesmos; foram ao dentista e ele lhes confirmou que esses dentes não foram colocados por mãos humanas, porque uma obra prima como essa ninguém faz na terra.
Esses beneficiados pelos dentes se firmaram mais do que nunca na sua fé. Todas as igrejas nas quais aconteceu o milagre fizeram grande alarde e muitos que viram esses dentes se uniram ás citadas igrejas.
Aqui fica a pergunta; Foi Deus que colocou esses dentes? Com toda certeza: Não. Como podemos negar com tanta certeza algo que estava ali visto por todos? Jesus disse que devemos ser cuidadosos e não nos deixar levar pelas aparências. Deus não usa material artificial para dar ao homem. Se Ele quisesse completar os dentes que faltavam na boca deles, Ele poderia permitir que lhes nascesse a terceira dentição. Se já temos duas, porque não pode ter a terceira?
Outro ponto: Há tantos inválidos que se arrastam sem pernas e pedem todos os dias a ajuda de Deus, seria muito mais importante que esses fossem atendidos, e que os dentes postiços fossem deixados para os dentistas fazerem seu trabalho, uma vez que os colocados também eram postiços.
Deus não faz aquilo que nós mesmos podemos fazer. Depois de alguns anos que já se passaram, eu tenho informações de que os dentes já caíram e que se tornaram uma lata podre da cor de cobre, e os lideres que antes fizeram um estardalhaço com sua propaganda, hoje mantém silencio e não querem que alguém toque no assunto do milagre dos dentes.
Quando Jesus curou os enfermos em Israel Ele os curou completamente. Hoje só acontecem milagres com participação de espíritos. Todas as dores que o enfermo sente, são atribuídos aos demônios, e os milagres só acontecem em lugares onde não podem ser comprovados a sua autenticidade. Que cada um tire suas conclusões.
Eu nunca vi alguém que tivesse somente um braço, ou sem pernas, ser curado por uma dessas fabricas de milagres.
Deus também não realiza todos os pedidos que lhe são feitos. Muitos sinceros cristãos pedem e clamam por algum milagre e este não acontece. Jesus também não ressuscitou todos os que morreram em Jerusalém durante seu ministério. Apenas alguns para comprovar seu poder divino.
Enquanto este mundo estiver sob a direção de Satanás, Deus só intervem em extrema necessidade, e para glória do seu próprio nome. Não que Ele não se compadeça do sofrimento da humanidade, mas Ele respeita os direitos que Lúcifer adquiriu sobre a terra e por um tempo determinado deixará que ele administre á sua própria maneira. Para que todos conheçam os verdadeiros intentos de Satanás e sua incapacidade de administrar o nosso planeta terra.
As curas divinas são apenas um detalhe. Em Marcos 16:17 diz: E estes sinais seguirão aos que crerem; Em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma cousa mortífera, não lhes fará dano algum, e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão. Tudo isso é verdadeiro, e Deus realiza esses milagres, mas é preciso crer, e crer é obedecer. Seu principal objetivo é salvar aqueles que querem a vida eterna.
O sofrimento é muitas vezes um mal necessário, Quando Jesus curou um enfermo Ele disse: Vai e não peques mais para que não te aconteça coisa pior. Para Jesus, as enfermidades temporais são passageiras, mesmo que leve o enfermo ao óbito, se ele morrer em Cristo, apenas descansa no sono da morte. Bem-aventurados os que desde agora descansam no Senhor e as suas obras o sigam.Apoc. 14:13.
Conclusão: Os milagres existem e estão a nossa disposição. Tudo que for para nosso bem, certamente Deus fará, mas, se no futuro as bençaõs de hoje nos podem prejudicar Deus não nos atenderá. Ele prefere que passemos a vida toda com defeitos físicos, e sermos salvos, do que ser curados e nos esquecer dele. Presenciei as lagrimas de um irmão muito sincero que possuía um filho de dois anos, e este estava á morte. Ele orou; Senhor! Até aqui eu sempre fui fiel a ti, agora eu preciso da tua ajuda, mostra-me agora a tua fidelidade e cura o meu filho. Deus não tinha outra alternativa, se não atendesse este desafio, certamente o irmão iria apostatar. Deus curou o menino.
Dezesseis anos mais tarde este filho foi morto em acerto de contas com drogas. O Pai desesperado chorava e clamava: Antes eu tivesse deixado meu filho morrer quando era ainda pequeno, hoje está perdido. Conformemo-nos com o que Deus faz.